A primeira vez que entrei na misteriosa mansão do jogo de aventura e quebra-cabeças Blue Prince—e estou falando da demo que joguei lá em março de 2024—alguma coisa em uma das salas me chamou a atenção.
Não vou dizer o que foi—vou ser propositalmente vago aqui para não estragar a surpresa de ninguém—, mas tinha a ver com um objeto esquecido em uma prateleira cheia, um detalhe decorativo, quase imperceptível. Vi coisas parecidas em outros cômodos. “Aposto que isso faz parte de algum enigma”, pensei.
Na demo, não tive tempo de investigar, mas quando joguei uma versão quase final do jogo em agosto do ano passado, reparei no mesmo detalhe de novo. Mesmo depois de “zerar” o jogo—chegando à misteriosa 46ª sala de uma mansão que supostamente só tinha 45—, eu ainda não tinha desvendado o significado daquela decoração. Testei uma teoria, mas não deu em nada.
Joguei tudo de novo para minha análise de Blue Prince (que, aliás, recebeu 92% da minha nota) e continuei jogando mesmo depois. Até que, na outra noite, 40 horas após terminar a análise, aconteceu: resolvi um quebra-cabeça específico pela primeira vez, o que me levou a um lugar inédito. E, explorando essa área, finalmente entendi o significado daquele detalhe que tinha notado mais de um ano atrás, na demo.
Como dizem os Tears for Fears: “E quando você acha que acabou, ainda não acabou.”
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Este artigo foi inspirado no original disponível em pcgamer.com.