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Black Mirror 7: A Era das Assinaturas e o Futuro dos Pesadelos Tecnológicos com Impacto Cerebral

Black Mirror 7: A Era das Assinaturas e o Futuro dos Pesadelos Tecnológicos com Impacto Cerebral

A sétima temporada de Black Mirror chegou direto de um futuro perturbadoramente próximo, trazendo consigo a já conhecida mistura de terror tecnológico, alertas distópicos e, ocasionalmente, um fio de esperança. A série já não parece tão visionária quanto em sua estreia, em 2011 – e como poderia? –, mas mesmo quando os episódios desta Twilight Zone digital não atingem todo seu potencial, ainda valem a pena ser assistidos (de preferência enquanto você rola o feed de alguma rede social no seu próprio “espelho negro”).

Desta vez, há episódios com temática gamer: um aborda a IA em um jogo de simulação que pode não ser tão artificial quanto parece, outro nos leva de volta ao MMO espacial Infinity da 4ª temporada, e um terceiro mergulha em um pesadelo moderno: os serviços de streaming por assinatura.

Ah, e tem até uma cena em que alguém joga Balatro – o que faz sentido, já que Charlie Brooker, criador da série, definiu o jogo como “possivelmente a coisa mais viciante já criada”.

O pesadelo das assinaturas chegou ao cérebro

No episódio “Common People”, acompanhamos Amanda (Rashida Jones), professora do ensino fundamental, e Mike (Chris O’Dowd), soldador, um casal simples até que uma emergência médica vira suas vidas de cabeça para baixo. Amanda precisa de uma cirurgia cerebral, e a única solução acessível vem da startup Rivermind, que promete transmitir parte de suas funções cerebrais direto de servidores na nuvem. Tudo isso por uma mensalidade.

Vivemos na era das assinaturas: celular, streaming, apps, jogos, até notícias. Comprar algo de forma definitiva virou um desafio – recentemente, precisei revirar a internet para achar um monitor de exercícios que não cobrasse taxa mensal, e até o encanador que reformou meu banheiro me ofereceu um “plano de manutenção premium”.

Já conhecemos os problemas: preços que disparam do nada, planos confusos e aquele ódio de pagar por um serviço… e ainda ter que ver anúncios. Agora, imagine isso acontecendo dentro da sua cabeça, em vez do seu celular. A ideia é arrepiante – especialmente se esse pensamento estiver sendo transmitido por um servidor cloud.


Este artigo foi inspirado no original disponível em pcgamer.com.

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