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Presidente dos EUA e o Futuro do Cinema Americano: Resiliência da Cultura Cinematográfica Estadunidense

Presidente dos EUA e o Futuro do Cinema Americano: Resiliência da Cultura Cinematográfica Estadunidense

O chefe do Festival de Cannes, Thierry Fremaux, comentou nesta segunda-feira a proposta do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, de impor uma tarifa de 100% sobre filmes estrangeiros, além de destacar a resistência do cinema americano. A ameaça de Trump, feita às vésperas do maior mercado cinematográfico do mundo, causou preocupação na indústria. Questionado sobre o assunto, Fremaux preferiu não se aprofundar, lembrando que Trump costuma mudar de ideia com frequência. “O presidente americano nos acostumou, nos últimos meses, a dizer uma coisa e depois revisar, contradizer ou acrescentar algo. Então, não, não sei o que dizer”, afirmou.

Ele ponderou, no entanto, que a ideia de penalizar o cinema americano em outros países é discutível, mas lembrou que, após a pandemia em 2021 e 2022, a produção local (fora dos EUA) ganhou espaço. “O cinema sempre encontra um caminho”, disse. Se pudesse conversar diretamente com Trump, Fremaux diria que “os filmes estrangeiros alimentam a imaginação e a cultura americana”, mas brincou: “Mas acho que esse não é bem o estilo dele”. Ele reforçou que Cannes não deixará ninguém enfraquecer a força e a criatividade do cinema.

O comentário surge em meio a tensões entre França e EUA sobre cotas de investimento europeu, criticadas por entidades americanas por supostamente prejudicar a produção local. Apesar disso, Fremaux elogiou a presença marcante do cinema dos EUA na programação deste ano. “Havia muitas dúvidas sobre o cinema americano por causa das greves de atores e roteiristas, os incêndios em Los Angeles e uma possível desaceleração nos blockbusters. Mas, surpreendentemente, a seleção americana está forte e diversa”, destacou.

Entre os destaques, citou os filmes de estreia de Scarlett Johansson (“Eleanor the Great”) e Kristen Stewart (“The Chronology of Water”), ambos na mostra Un Certain Regard, além do novo trabalho de Spike Lee, “Highest 2 Lowest”, remake do clássico de Akira Kurosawa. “Os EUA continuam sendo uma grande potência do cinema. Eu pertenço a uma geração para a qual amar o cinema era amar o cinema americano”, afirmou.

A 78ª edição do Festival de Cannes começa amanhã, 13 de maio, com a estreia de “Leave One Day”, de Amelie Bonnin. A atriz Juliette Binoche preside o júri desta edição.


Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com
CINEMA AMERICANO RESISTIRÁ?
SIM

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