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CBS Pede ao FCC Que Descarte Denúncia de Distorção Jornalística Sobre Entrevista de Harris no ’60 Minutes’

CBS Pede ao FCC Que Descarte Denúncia de Distorção Jornalística Sobre Entrevista de Harris no '60 Minutes'

A CBS solicitou à FCC (Comissão Federal de Comunicações) que rejeite uma reclamação feita por um escritório de advocacia de interesse público de tendência conservadora, que acusa a emissora de “distorção de notícias” em uma entrevista com Kamala Harris no programa “60 Minutes”. A rede, pertencente à Paramount Global, argumenta que a reclamação se baseia na ideia de que o governo dos EUA poderia se tornar um “censor itinerante”.

Em outubro do ano passado, o Centro para os Direitos Americanos apresentou uma queixa acusando a emissora WCBS, afiliada da CBS em Nova York, de “distorção significativa e intencional de notícias” em uma entrevista com Kamala Harris nos programas “Face the Nation” e “60 Minutes”, alegando que houve “duas respostas conflitantes”. Paralelamente, o ex-presidente Donald Trump processou a CBS pela mesma entrevista, exigindo US$ 20 bilhões em indenizações por suposta violação de uma lei de proteção ao consumidor. A Paramount e a CBS apresentaram moções em 6 de março pedindo a rejeição do processo, classificando-o como um “ataque à Primeira Emenda”.

Em sua resposta à FCC, enviada em 7 de março, a CBS afirmou que a reclamação “imagina um mundo menos livre, no qual o governo federal se torna um censor itinerante — capaz de questionar e até punir decisões editoriais específicas que são essenciais para a produção de programas jornalísticos”. A emissora destacou que “as proteções da Primeira Emenda se aplicam a todos os americanos, incluindo emissoras como a CBS e suas afiliadas”.

A CBS também argumentou que, se a FCC decidisse contra a emissora, isso abriria precedente para questionamentos frequentes sobre decisões editoriais de emissoras de todos os espectros ideológicos. “A ideia de que a Comissão poderia obrigar a transmissão de entrevistas sem edição ou investigar decisões específicas do processo de edição é claramente inconstitucional”, afirmou a rede.

Além disso, a CBS alertou que, caso a FCC decidisse avaliar reclamações sobre programação jornalística, a comissão “se envolveria em um emaranhado de decisões impossíveis, algo que evitou cuidadosamente nos últimos noventa anos, em conformidade com seu mandato do Congresso — o oposto da eficiência governamental”. O processo em questão é registrado sob o número 25-73 no Departamento de Mídia da FCC. Até segunda-feira, haviam sido apresentados 8.239 documentos e comentários relacionados ao caso.

A CBS também afirmou que a essência da reclamação — de que a emissora teria violado a lei ao exibir apenas uma parte, e não a totalidade, da resposta de um candidato em um programa de notícias — “é fundamentalmente falha”. A rede destacou que a queixa “não apenas ignora a raridade e a suspeita constitucional da política de ‘distorção de notícias’ da Comissão, mas também pede que a FCC viole suas obrigações sob a Constituição dos EUA e várias autoridades estatutárias”.

“A Primeira Emenda e a Seção 326 da Lei das Comunicações não toleram a interferência flagrante na liberdade de expressão que a reclamação propõe”, concluiu a CBS.

RELACIONADO: O chefe da FCC, Brendan Carr, afirma que Trump “estava certo” sobre alegações de viés midiático durante investigação da CBS; Anna Gomez critica “efeito chilling” e “armamentização” da agência.


Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com
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