Querido leitor, acabo de voltar de uma semana de férias — e, por mais que eu gostasse de dizer que aproveitei para organizar meu apartamento, retomar meus desenhos ou sair com amigos, a verdade é que passei umas 50 horas grudado na tela jogando Clair Obscur: Expedition 33, um jogo que eu não esperava que fosse tão incrível. E, para minha alegria, ele está indo muito, MUITO bem.
Como anunciado pela Kepler Interactive no X, Expedition 33 vendeu mais de 1 milhão de cópias em apenas 3 dias — um pouco menos que um Metaphor: ReFantazio, é verdade, mas mesmo assim, competir com um jogo da Atlus (sim, os criadores de Persona) já é um feito e tanto.
E tem mais: mesmo estando no Game Pass, Expedition 33 superou Metaphor no que diz respeito a jogadores no Steam. No momento em que escrevo, o jogo atingiu um pico de 121.422 jogadores simultâneos, enquanto ReFantazio ficou em um respeitável, mas bem menor, 85.961.
Isso só prova a qualidade do jogo. Embora nosso revisor tenha dado uma nota 70 (que, vamos combinar, ainda é uma boa nota — os outros 69 pontos não estão lá à toa), o público abraçou Expedition 33 com força total.
Antes que alguém me pergunte nos comentários por que “eu” dei 70 (não fui eu), deixo claro: a PC Gamer não é uma mente coletiva. Somos indivíduos com gostos e opiniões diferentes. Além disso, nosso cubo Borg ainda não está pronto — cortes no orçamento, você entende.
Eu, porém, estou entre os fãs fervorosos. O jogo tem seus momentos de jank (alguns até charmosos), mas no geral é uma experiência RPG bem polida, sem enrolação. Adorei o sistema de anular dano com timing preciso — algo que me permitiu, um jogador normalmente cansado de JRPGs difíceis (ou seria “Je-RPGs”?), curtir até os desafios mais brutais.
E é um sopro de ar fresco. O estilo francês sem vergonha na cara se junta a mecânicas que abandonam clichês do gênero, como MP ou gestão de inventário. E a trilha sonora? Absurda. Expedition 33 pode não parecer sempre um jogo AAA, mas seu OST é lendário e absurdamente extenso. Mal consigo imaginar o cansaço dos compositores — merecem um longo descanso.
E não sou só eu: no Metacritic, o jogo tem uma nota de usuário de 9.7. No Steam, 92% das avaliações são positivas. Como alguém que já zerou e agora está mergulhado no endgame, posso afirmar: não é só hype inicial. Minha admiração só cresceu com o tempo. Se você gosta de RPGs, não tem medo de parry e quer algo diferente, você PRECISA jogar isso.
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Este artigo foi inspirado no original disponível em pcgamer.com.