Ícone do site Mundo dos Jogos

Criadora de Sirenas: Poder de Lilly Pulitzer, Obsessão de Michaela e Mitologia Grega como Pesadelo no New England

Criadora de Sirenas: Poder de Lilly Pulitzer, Obsessão de Michaela e Mitologia Grega como Pesadelo no New England
ALERTA DE SPOILER: Este texto contém revelações sobre os cinco episódios de “Sirens”, agora disponíveis na Netflix.

Preparem seus pastéis e apaguem as mensagens comprometedoras — a nova série de comédia negra “Sirens”, criada por Molly Smith Metzler, já está no catálogo da Netflix. Baseada na peça teatral “Elemeno Pea” (2011), da própria Metzler, a trama acompanha Devon (Meghann Fahy), uma nova-iorquina de classe trabalhadora que visita a irmã, Simone (Milly Alcock), na luxuosa mansão de sua chefe, a glamorosa Michaela (Julianne Moore).

Devon chega à ilha disposta a confrontar Simone por ter abandonado o cuidado do pai idoso, Bruce (Bill Camp). No entanto, ela logo desconfia do comportamento estranho e quase cultista que cerca o novo emprego da irmã. Enquanto evade a vigilância do gerente da casa, José (Félix Solis), Devon tenta desvendar os segredos de Cliff House e descobrir por que Simone (que tem o privilégio de chamar Michaela de “Kiki”) está tão apegada à misteriosa patroa.

Em um final de semana repleto de cores vibrantes e segredos obscuros, Devon descobre um caso sórdido no passado de Michaela e seu marido, Peter (Kevin Bacon), e corre para salvar a irmã antes que ela seja definitivamente absorvida pelo mundo da elite costeira.

Antes do lançamento da série, a Variety conversou com Metzler sobre os limites entre heróis e vilões, o duplo significado do título e a obsessão dos ricos por Lilly Pulitzer.

O final cíclico e a mitologia por trás de “Sirens”

No desfecho da série, Simone assume o lugar de Michaela no topo da hierarquia, repetindo um ciclo que já havia levado Michaela a se envolver com Peter. Metzler explica que essa estrutura foi inspirada nas sereias da mitologia grega — criaturas que seduziam e aprisionavam marinheiros. “Há algo intencional nessa repetição. A ilha sempre estará lá, e a história continuará se repetindo”, reflete a criadora.

Kevin Bacon como Peter: um vilão ou vítima?

O papel de Peter foi criado especialmente para a série, e Kevin Bacon aceitou o desafio. Metzler destaca que, apesar do poder do personagem, ele tenta se mostrar humilde e despretensioso. “Ele não é necessariamente um vilão. No final, quando diz que quer amor e família, está sendo sincero”, afirma.

Simone: heroína ou monstro?

A cena final, com Simone no penhasco, deixa uma pergunta no ar: ela se tornou o que tanto criticava? Metzler prefere deixar a resposta aberta: “Quem é o monstro na história? Como definimos isso?”.

Da peça para a série: expansão do universo

Originalmente uma peça de teatro com cinco personagens e um único cenário, “Sirens” ganhou novas camadas na adaptação. A inclusão de Peter, a exploração da relação das irmãs com o pai e a imersão no mundo luxuoso da elite enriqueceram a narrativa.

Lilly Pulitzer e os códigos da elite

As roupas vibrantes e os acessórios exclusivos, como os colares de cesto, são símbolos de status na alta sociedade de Nantucket. Metzler brinca: “É um pouco ridículo, mas é real. Se você está lá, sabe que precisa usar essas peças”.

O significado duplo do título

Além da referência mitológica, “Sirens” é a palavra de código que as irmãs usam para pedir ajuda. Uma coincidência feliz que Metzler incorporou à trama.

As aves e a conexão com as sereias

Michaela tem uma fixação por pássaros, um elemento que remete às sereias originais da mitologia grega — criaturas híbridas, metade mulher, metade ave. “Elas não são doces. São predadoras”, conclui Metzler.

Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com
SIRENAS: REALIDADE OU PESADELO?
REALIDADE

Sair da versão mobile