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Criadores De “Mrs. Maisel” Sobre Encerrar Série, Novo Drama “Étoile” E Possível Retorno De “Gilmore Girls”

Criadores De "Mrs. Maisel" Sobre Encerrar Série, Novo Drama "Étoile" E Possível Retorno De "Gilmore Girls"

Amy Sherman-Palladino e Daniel Palladino escolheram uma semana e tanto para visitar Los Angeles. Menos de 24 horas depois de os criadores de Gilmore Girls e The Marvelous Mrs. Maisel — baseados em Nova York — desembarcarem na Cidade dos Sonhos em 26 de março para o PaleyFest, Jennifer Salke, chefe da Amazon MGM Studios e sua “quase chefe”, anunciou que deixaria o cargo após sete anos. A notícia da saída de Salke, que causou frisson em Hollywood, chegou enquanto o casal se prepara para o lançamento de Étoile, sua nova série transcontinental sobre ballet, que estreia em 24 de abril no Amazon Prime Video.

A dramédia de oito episódios traz Luke Kirby e a francesa Charlotte Gainsbourg como diretores de companhias de balé em Nova York e Paris que decidem trocar suas estrelas para salvar suas instituições tradicionais. Étoile (que significa “estrela” em francês) marca o retorno dos Palladinos ao universo da dança desde Bunheads, série cancelada em 2012 após uma única temporada. Desta vez, porém, com um orçamento à altura da Amazon. A produção também leva o diálogo afiado da dupla a um novo patamar: pela primeira vez, boa parte do texto será em francês, obrigando o público a acompanhar os jogos de palavras via legendas.

Antes da estreia, o casal divertidíssimo conversou com a Variety sobre os desafios de Étoile, a estratégia de lançamento em binge e o futuro de seu acordo com a Amazon.

Qual foi a reação da Amazon ao título Étoile?

Amy Sherman-Palladino: Achei que fossem odiar. Mas, surpreendentemente, foi positiva. Com The Marvelous Mrs. Maisel, tentaram me fazer mudar — e acho que soltei um “vão se foder”. Já com Étoile, zero problemas.

Traduzir o diálogo acelerado para o francês e depois legendá-lo foi difícil?

Daniel Palladino: Fizemos muitos ajustes. A tradução não é perfeita — encurtamos palavras, cortamos adjetivos… E os franceses falam rápido demais! Eles ignoram pontuação e grudam frases. Vivíamos pedindo: “Mais devagar!”

As greves atrasaram a produção. Isso ajudou ou atrapalhou?

Amy: Criativamente, nem um nem outro. Mas a Amazon joga os custos de manter sets e elenco no orçamento da 1ª temporada. Você começa já estourado, sem ter filmado nada.

Maisel acabou por questões financeiras, mas Étoile também não é barata…

Amy: Maisel estava no quinto ano — salários sobem, e depois dos Emmys todo mundo renegocia. Étoile saiu mais em conta, mas ainda é cara.

Dois anos depois, ainda acham ruim o fim de Maisel?

Daniel: (para Amy) Pula essa!
Amy: Nunca é “melhor” quando algo especial acaba. Mas essa indústria é imprevisível.

Já estão escrevendo a 2ª temporada de Étoile?

Amy: Ainda não.
Daniel: Está pendente. (A Amazon não respondeu ao questionamento da Variety.)

A aproximação de Jeff Bezos com Donald Trump os preocupa?

Daniel: (após pausa) Não discutimos política ou religião.

E a saída de Jennifer Salke?

Daniel: Foi surpresa, mas nesse negócio tudo pode acontecer.
Amy: Já passamos por quatro ou cinco mudanças de comando na Amazon.

O que acham do lançamento em binge?

Amy: Sempre defendi o modelo semanal. Liberar tudo de uma vez torna o conteúdo descartável.

Tiveram participação nos comerciais de Gilmore Girls para o Walmart?

Amy: Nenhuma. Soubemos pela Lauren [Graham], que mudou coisas que me fariam pirar.
Daniel: Gostei do comercial do Kirk na neve. Mas será que o Walmart deve ter a última palavra?

Entrevista editada por brevidade e clareza.


Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com
FIM DE SÉRIE, E AGORA?
COMEÇO.

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