Dave Bautista se tornou conhecido para a maioria dos cinéfilos como Drax, o guerreiro brutal, mas de bom coração da franquia Guardiões da Galáxia, da Marvel. Na última década, ele assumiu diversos papéis de durão, como no filme 007: Spectre e na saga Duna. No entanto, aos 56 anos, o ator também explorou seu lado sensível, com atuações marcantes em dramas, como um professor com visões apocalípticas em A Cabana e um influenciador incel inseguro em Glass Onion: Um Mistério Knives Out. Agora, ele estrela o faroeste pós-apocalíptico In the Lost Lands, dirigido por Paul W.S. Anderson, onde interpreta um herói clássico: um pistoleiro contratado pela realeza, no estilo sombrio e solitário dos faroestes spaghetti. Para Bautista, o papel foi uma experiência enriquecedora. “É um novo tipo de personagem para mim. Sai um pouco da minha zona de conforto. Ele tem aquela vibe de pistoleiro misterioso e charmoso”, diz Bautista à Variety, antes de soltar um sorriso. “Nunca fui esse tipo de protagonista, mas fui jogado nesse mundo onde Paul dizia: ‘Você vai ser incrível! Vai ser sombrio, misterioso e sexy! E não vai conquistar apenas uma garota, mas todas do filme!'”
Leia a conversa completa com Bautista sobre In the Lost Lands abaixo. Grande parte do filme é composta por cenas entre ele e Milla Jovovich. Como foi trabalhar com ela? “Se sou fã de alguém com quem vou trabalhar, sempre acho mais confortável deixar isso claro logo de cara. Nunca se sabe como as pessoas vão reagir, mas sou muito sincero. Logo no início, eu disse a ela: ‘Isso é um pouco intimidante para mim, porque você está em um pedestal muito alto na minha cabeça.’ Ela foi super descontraída sobre isso. Mas houve várias vezes em que eu estava em cena e pensava: ‘Caramba… É a Milla Jovovich!'”
Paul Anderson desenvolveu o visual de In the Lost Lands no Unreal Engine por mais de um ano antes das filmagens. O mundo digital podia ser composto, renderizado e visualizado no set por meio de playback. Como ele apresentou essa abordagem tecnológica única a você? “Não foi uma conversa específica, porque já tínhamos falado muito sobre isso. Eu não entendia muito da tecnologia, então Paul simplesmente me mostrou. Ele me deixou ver o que ele estava vendo enquanto filmávamos. Eu olhava para paredes azuis, mas ele via esse mundo inteiro. Isso me ajudou a visualizar o que estava acontecendo. Foi muito íntimo. Tive ótimos atores e muitos elementos práticos no set, então não precisei forçar muito a imaginação. Ele facilitou tudo para mim.”
Você abre o filme com uma narração em close-up. É um dos vários momentos de destaque que você tem no longa. Há alguma cena específica da qual você se orgulha mais? “Quando revisito projetos que fiz há um ano, dois anos ou até seis meses, sempre penso: ‘Eu teria feito isso diferente, aquilo diferente.’ Tenho orgulho de como evolui. Sinto que me tornei um ator melhor a cada filme que fiz. Recebo críticas muito bem, porque elas escorregam de mim. Ninguém me critica mais do que eu mesmo. Não olho para trás e penso: ‘Estou especialmente orgulhoso disso.’ Mas isso sou eu. É uma pressão que coloco em mim mesmo, e é assim que cresço como ator.”
Você começou a atuar no cinema já na casa dos 30 anos, após uma carreira no wrestling profissional. Faz sentido que você ainda valorize essa evolução de performance para performance. “Avalio minha carreira pelas pessoas com quem trabalho, até mesmo no wrestling. Posso olhar para trás e dizer que tenho muito orgulho de ter dividido cenas com Milla Jovovich, Jodie Foster e Sir Ben Kingsley. É um orgulho que carrego comigo e sou muito aberto sobre isso. Com certeza, tenho orgulho disso. Mas, no que diz respeito à minha atuação, é difícil me ouvir dizer: ‘Sim, estou muito orgulhoso disso.'”
In the Lost Lands está em cartaz nos cinemas.
—
Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com
SUCESSO IMPULSIONA QUEM?
TODOS