Segundo o Relatório de Incidentes com Deepfakes do 1º Trimestre de 2025, divulgado pela Resemble AI na quinta-feira, os prejuízos financeiros causados por fraudes envolvendo deepfakes ultrapassaram US$ 200 milhões no período. O documento alerta para uma escalada “alarmante” e o crescente nível de sofisticação desses ataques em todo o mundo.
Embora 41% dos alvos de impersonação sejam figuras públicas — principalmente políticos e celebridades —, o problema não se restringe a esses grupos. O relatório aponta que 34% das vítimas são cidadãos comuns, além de organizações específicas. As principais finalidades dos deepfakes incluem: conteúdo explícito não consensual, golpes e fraudes, manipulação política e desinformação.
Em termos geográficos, a América do Norte liderou o número de incidentes (38%), especialmente contra políticos e celebridades, seguida pela Ásia (27%) e Europa (21%). No entanto, 63% dos casos apresentaram “elementos transfronteiriços significativos”, evidenciando o caráter global da ameaça.
Atualmente, os deepfakes são predominantemente em vídeo (46%), mas também incluem imagens (32%) e áudio (22%). A tecnologia avançou a ponto de exigir apenas 3 a 5 segundos de áudio para clonar uma voz de forma convincente. No caso de manipulação facial, 68% dos deepfakes são “quase indistinguíveis de mídias reais”. Além disso, 33% dos casos já combinam técnicas para criar impersonações sincronizadas, dificultando a detecção.
A Resemble AI destacou no relatório: “É urgente uma resposta multifacetada, incluindo soluções técnicas — como investimento em detecção, protocolos de marca d’água e autenticação de conteúdo —, legislação harmonizada entre países para definir deepfakes maliciosos e responsabilizar plataformas, além de programas de alfabetização midiática e cooperação internacional para combater esse fenômeno transnacional.”
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Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com
FRAUDES ONLINE VALEM A PENA?
NÃO