Altos executivos das empresas responsáveis por World of Tanks estão sob pressão do governo russo. Segundo um relatório da RIA Novosti (traduzido via Google e repercutido pelo Eurogamer), o proprietário da Wargaming, Viktor Kisly, e o dono da Lesta Games, Malik Khatazhaev, foram acusados de “atividades extremistas” relacionadas à invasão da Ucrânia pela Rússia. Como consequência, o governo russo teria confiscado os bens da Lesta Group e busca tomar todas as participações de Khatazhaev na empresa.
A Wargaming, desenvolvedora de World of Tanks, foi fundada em Minsk, Belarus, em 1998, mas transferiu sua sede para Chipre em 2011, expandindo-se globalmente com novos estúdios. Em 2022, após o início da invasão russa à Ucrânia, a empresa encerrou suas operações na Rússia e Belarus, repassando o controle do jogo para a Lesta Games, um estúdio russo adquirido em 2011. A Wargaming afirmou que não tinha mais nenhum vínculo com a Lesta a partir de 31 de março daquele ano.
No entanto, essa separação parece irrelevante para o governo russo. De acordo com a RIA Novosti, o Ministério Público alega que Khatazhaev e Kisly fazem parte de um grupo que promove “atividades extremistas”, citando como prova a oposição da Wargaming à invasão e suas campanhas de arrecadação para ucranianos.
As acusações têm base real. Em 2022, logo após o início da guerra, a Wargaming demitiu o diretor criativo Sergey Burkatovskiy por apoiar o ataque russo. No ano seguinte, a empresa arrecadou mais de US$ 1 milhão com a venda de pacotes temáticos da Ucrânia em seis de seus jogos, destinando o valor à compra de ambulâncias para o país.
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Este artigo foi inspirado no original disponível em pcgamer.com.