O evento MAFF 2025, um dos principais fóruns europeus para projetos cinematográficos da Espanha e América Latina, promete destacar filmes como “Lorca”, de Fernando Franco, “Uma Cidade para Christine”, de Caru Alves de Souza, e “Viver em um Grito”, de Diana Toucedo. Essas produções buscam parcerias e distribuição, consolidando-se como possíveis destaques do festival. Outros títulos que já geram buzz incluem “Uma Mulher Decente”, estrelado por Catalina Saavedra, “Adeus, Berta”, de Fernando Tato, e “Três Dias de Verão”, de Álvaro López Alba, além do drama LGBTQ “Seu Oceano”.
A seleção de 25 filmes também traz uma forte presença de diretoras latino-americanas, com produções como “Primeiro Tomamos Anillaco”, de Paula Martel, um western adolescente com ares de Tarantino, e “Maguana Racing”, de Maia Otero e Juliano Kunert, uma comédia sobre uma noviça que descobre Deus nas corridas de rua. Além disso, o terror imigratório “Os Inquilinos”, de María Paz Barragán, explora questões de classe e xenofobia de forma impactante.
Nove dos longas são dirigidos por mulheres, refletindo o tom do cinema emergente espanhol e latino-americano, que aborda temas como a construção urbana (“Uma Cidade para Christine”), a devastação ambiental (“Inferno Verde”), a imigração (“Viver em um Grito”) e a corrupção (“Que Se Acabe Tudo”). A violência, em suas múltiplas formas, é um tema recorrente, seja como pesadelo físico (“Lorca”), resistência (“Primeiro Tomamos Anillaco”) ou ciclo de engano (“Caminhada na Floresta”).
Entre os destaques, “Uma Cidade para Christine”, de Caru Alves de Souza, questiona a lógica dos grandes centros urbanos, enquanto “Uma Mulher Decente”, de Natalia Luque, explora laços intergeracionais entre mulheres. Já “Perigo Crocodilo”, de Flavio Botelho, é um road movie emocionante que acompanha um casal em crise e uma jovem grávida em uma jornada pelo México.
Outros filmes notáveis incluem “Os Espelhos”, de José María Avilés, que reflete sobre as revoluções na América Latina, e “Inferno Verde”, de Laura Astorga, inspirado em eventos reais sobre a luta ambiental. “Adeus, Berta” mergulha nos danos colaterais do tráfico de drogas na Galícia dos anos 80, enquanto “Seu Oceano” traz uma história LGBTQ de amadurecimento visualmente deslumbrante.
O festival também apresenta produções como “A Rebelião das Raras”, de Wincy Oyarce, que retrata a primeira manifestação homossexual no Chile, e “Deserto Rosa”, de Constanza Majluf-Baeza, uma jornada de autodescoberta em meio a mudanças políticas. Com uma variedade de gêneros e temas, o MAFF 2025 promete ser um palco vibrante para o cinema contemporâneo.
—
Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com
MÁLAGA: REALIDADE OU FICÇÃO?
REALIDADE