Desde o seu lançamento em novembro do ano passado, o programa de preservação de jogos da GOG tem trabalhado intensamente. Mais de 100 títulos já fazem parte desse esforço nobre da empresa, que vai além de simplesmente adaptar clássicos ao hardware moderno—eles oferecem suporte técnico ativo para quem adquire esses jogos. Essa promessa de cuidado abrange desde os textos reverenciados da série Ultima, dos anos 80, até os horrores em 3D de System Shock 2 e Silent Hill 4, dos anos 2000.
Agora, a GOG está adicionando um título especial a esse catálogo lendário: o pouco lembrado port para PC de Breath of Fire 4, um RPG da Capcom originalmente lançado para PlayStation. O jogo tem tudo: uma história envolvente, arte deslumbrante, inimigos assustadores e até um minigame de pesca—a menos que você seja Lauren Morton, da PC Gamer.
No papel, era a escolha perfeita para a iniciativa “Dreamlist” da GOG, que funciona por votação da comunidade: um jogo cult relativamente conhecido, que conquistou os jogadores tarde demais, com uma versão para PC que pedia por ajustes modernos. Agora, ele está disponível digitalmente pela primeira vez.
Infelizmente, essa versão remasterizada não causa a melhor primeira impressão. Ao testar uma prévia antes do lançamento, o jogo iniciou em um modo de tela cheia desfocado, sem opções in-game para corrigir o problema. Isso pode não ser um grande problema para outros jogos antigos da Capcom no catálogo da GOG—como Resident Evil e Dino Crisis, que têm um estilo mais cru e poligonal—, mas é um problema gritante para um jogo que depende de cores limpas e pixel art impecável.
Ninguém se importa muito se um cano enferrujado ou um monte de restos de zumbis em um beco sujo não estão perfeitamente nítidos (se é que alguém nota). Mas quando os personagens principais—figuras caricatas e cheias de personalidade—aparecem borrados em um mercado ensolarado, fica claro que algo está errado.
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Este artigo foi inspirado no original disponível em pcgamer.com.