Ícone do site Mundo dos Jogos

Jodie Foster: Privacidade em Cannes, Impacto de Trump e Contentamento Profissional Após os 60

Jodie Foster: Privacidade em Cannes, Impacto de Trump e Contentamento Profissional Após os 60

Jodie Foster pode passar anos sem fazer um filme. “Sou exigente”, admite. “Não atuo só por atuar. Preciso me identificar profundamente com o projeto.” Horas antes da estreia em Cannes do thriller francês Vie Privée, a atriz revela que, apesar de sua relutância natural em interpretar, essa história a cativou. Ao conhecer Rebecca Zlotowski, a cineasta e roteirista francesa, Foster descobriu uma sintonia criativa. O enredo – no qual ela vive uma terapeuta que desvenda um suposto assassinato disfarçado de suicídio – era complexo demais para recusar. “Rebecca domina tanto o intelectual quanto o emocional”, diz Foster, aos 62 anos. “Nos conectamos na forma de ver o cinema. Ela queria mergulhar o público na vida interior da personagem, e é isso que amo fazer como atriz.”

Foster ficou afastada das telas nos anos 2000 para criar seus filhos, mas retomou o ritmo recentemente: indicada ao Oscar por Nyad (2023) e vencedora do Emmy por True Detective: Night Country (2024). Essa fase reflete uma mudança pós-60 anos – menos protagonismos, mais trabalhos em conjunto. “Descobri a alegria de ser parte de um todo”, diz, lembrando desde os clássicos da Disney como Freaky Friday até os Oscars por O Silêncio dos Inocentes e Acusados.

Por que escolheu Vie Privée?

“Queria um filme francês autêntico, não uma coprodução estereotipada. Preciso de narrativas fortes. Rebecca criou uma trama que me fisgou.”

Sobre personagens controladoras:

“É humano – talvez especialmente feminino. Eu mesma não nasci emotiva. Interesso-me pelas máscaras que usamos para sobreviver.”

Atuar por prazer?

“Sim, mas no meu tempo. Se nunca mais atuar, tudo bem. Gosto de ser um veículo para histórias. Se tivesse outras habilidades, talvez escolhesse escrever ou esculpir.”

Direção vs. Atuação:

“Prefiro dirigir, mas é difícil concretizar projetos. Meus filmes como diretora são autorais – não abro mão disso.”

Sobre a ascensão de mulheres diretoras:

“Nicole Kidman trabalhou com 27 cineastas mulheres em oito anos? Incrível! Houve avanços, mas ainda há resistência. Precisamos de oportunidades iguais desde o início.”

Humor em Vie Privée:

“Foi divertido! Em francês, sou mais vulnerável, o que ajuda. Comédias americanas muitas vezes carecem de sutileza – adoro inteligência no humor.”

O momento atual:

“Aos 60, há uma libertação. Perde-se papéis – mãe, filha, esposa – mas ganha-se autenticidade. Agora, quero amplificar vozes que merecem ser ouvidas.”


Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com
JODIE FOSTER: O QUE DEFINE LEGADO?
IMPACTO

Sair da versão mobile