Chris Farley é reconhecido como um dos membros mais icônicos do elenco de Saturday Night Live de todos os tempos, mas o criador do programa, Lorne Michaels, nem sempre permitia que ele frequentasse os sets de gravação. Em um episódio recente do podcast Armchair Expert, de Dax Shepard, Susan Morrison, autora do livro Lorne: The Man Who Invented Saturday Night Live, revelou que Michaels passou a controlar rigorosamente o consumo de álcool e drogas do elenco após a morte de John Belushi por overdose em 1982.
“A morte de Belushi o atingiu profundamente”, explicou Morrison. “Ele percebeu que a abordagem de deixar as pessoas agirem por conta própria estava errada. Somos uma tribo, um grupo, e precisamos cuidar uns dos outros.” Essa postura também se aplicou a Farley, que, segundo Morrison, “claramente enfrentava problemas de vício” na época. Michaels o chamava ao escritório para ajudá-lo a lidar com o alcoolismo e o uso de drogas.
Morrison contou ainda que, em conversas com Bob Odenkirk — roteirista do SNL entre 1987 e 1991 —, descobriu que Farley ficava animado com essas convocações, mesmo que as conversas fossem difíceis. “Era como a adrenalina de ser chamado na diretoria, mas ao mesmo tempo, você está encrencado”, disse ela. “Ele não assimilava bem, mas Lorne mudou sua estratégia: chegou a afastá-lo do programa por semanas quando ele aparecia muito alterado e o mandou para clínicas de reabilitação rígidas. Infelizmente, nada disso funcionou.”
Após uma recaída, Farley foi suspenso por Michaels e enviado a uma clínica de recuperação intensiva no Alabama. “Michaels sabia que o programa era o que Farley mais amava, então tirá-lo dali era uma tentativa de fazê-lo refletir”, acrescentou Morrison. No entanto, em 18 de dezembro de 1997, Farley morreu de uma overdose combinando cocaína e heroína — a mesma mistura que tirou a vida de Belushi 15 anos antes. O astro de Tommy Boy faleceu apenas dois meses depois de retornar ao SNL como apresentador convidado.
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Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com
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