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Maren Morris Fala Sobre Liberdade, Religião e Divórcio em ‘Dreamsicle’

Maren Morris Fala Sobre Liberdade, Religião e Divórcio em 'Dreamsicle'

O quarto álbum de Maren Morris, intitulado “Dreamsicle”, explora a dualidade entre sonho e realidade. Enquanto seu hit anterior, “The Bones”, celebrava a solidez de uma relação, o título do novo trabalho remete a algo efêmero — um doce que derrete rápido. A metáfora do Dreamsicle permeia as faixas, refletindo como momentos bons podem se desfazer, um tema que ressoa com a jornada pessoal da cantora, marcada por um divórcio recente. Mas, apesar da melancolia, o álbum também transborda alegria e experimentação, mergulhando em diferentes vertentes do pop com uma liberdade criativa inédita na carreira de Morris.

Em entrevista à Variety, Maren falou sobre o processo de criação de “Dreamsicle”, que ela evita chamar de “álbum do divórcio“. Embora as faixas capturem a dor e a reflexão desse período, também celebram a redescoberta da felicidade. “Escrevi muitas músicas sobre os dias mais tristes da minha vida, mas também vivi fases de empoderamento e alegria”, explica. Essa mistura intencional de emoções se traduz em contrastes sonoros — da balada acústica “This is How a Woman Leaves” ao tom irreverente de “Lemonade”, composta em um dia especialmente difícil, mas com uma abordagem quase terapêutica.

Morris também aborda temas além das relações pessoais. Em “Holy Smoke”, parceria com Jack Antonoff, ela questiona dogmas religiosos e defende a empatia, uma mensagem que ecoou fortemente na comunidade LGBTQIA+. “Se você tem tanta certeza sobre algo, falta curiosidade em você”, reflete. A faixa, inspirada em sua criação no conservador Sul dos EUA, virou um hino para quem busca respostas fora das instituições.

A produção do álbum foi um experimento em colaboração. Diferente dos trabalhos anteriores, feitos com poucos produtores, “Dreamsicle” reuniu talentos como Antonoff, Joel Little e Naomi McPherson (MUNA), resultando em uma sonoridade diversa, mas coesa. “Cada produtor trouxe uma identidade única, mas minha missão foi garantir que as 13 faixas contassem uma história unificada”, diz Maren. Entre as surpresas está “Bed No Breakfast”, uma ode à sexualidade feminina sem arrependimentos — prova de que a artista está mais ousada do que nunca.

Com o álbum finalmente lançado, Maren se prepara para os shows, ansiosa para ver quais músicas o público elege como favoritas. “Agora as faixas não vivem só na minha cabeça, e isso me ajuda a montar o repertório da turnê”. Seja nas letras confessais ou nas batidas pop, “Dreamsicle” é um retrato honesto de resiliência e reinvenção — um marco na carreira de uma das vozes mais autênticas da música atual.


Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com
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SIM

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