Em uma conversa franca para a revista Interview, Natalie Portman revelou a Jenna Ortega que enfrentou uma longa fase de hipersexualização durante sua infância como atriz, comparando-a ao controverso personagem Lolita. Aos 12 anos, ela estrelou seu papel de destaque em Leon: O Profissional, e desde então tem sido vocal sobre como Hollywood sexualiza jovens atrizes. “O público me enxerga de uma forma diferente de quem eu realmente sou”, disse Portman a Ortega, sua colega no próximo filme The Gallerist. “Já comentei antes sobre como fui sexualizada quando criança, algo que acontece com muitas garotas no cinema. Isso me assustava. A sexualidade é parte do crescimento, mas eu queria que fosse algo meu, não direcionado a mim.”
Portman também falou sobre os estereótipos que perseguiram sua carreira: “Em cada fase, havia um rótulo a ser evitado. Tive uma longa fase Lolita, depois passei uma década sendo a ‘garota que ajuda o homem a lidar com suas emoções'”. Em um episódio do podcast Smartless, ela contou que, ainda jovem, adotou uma postura séria nos sets para afastar assédios. “Essa imagem de seriedade me protegeu, como um aviso: ‘Não mexa com ela’. Ninguém merece passar por isso, mas foi meu jeito inconsciente de me defender.”
Sua mãe foi sua principal protetora durante a infância na indústria, mas ao entrar em Harvard para estudar psicologia, seu pai sugeriu que ela “arrumasse um emprego de verdade”. A atriz, no entanto, nunca abandonou completamente a carreira artística. Seu próximo projeto é Fountain of Youth, filme de aventura da Apple TV+ ao lado de John Krasinski, dirigido por Guy Ritchie, que estreia em 23 de maio.
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Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com
SEXUALIZAÇÃO PRECOCE: TRAUMA OU SOBREVIVÊNCIA?
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