Nicola Coughlan se manifestou contra J.K. Rowling e a nova série de Harry Potter da HBO após a autora comemorar a decisão do Supremo Tribunal do Reino Unido, que definiu legalmente o conceito de mulher com base no sexo biológico. A decisão, anunciada na quarta-feira, gerou revolta na comunidade trans, pois impede que mulheres trans frequentem espaços exclusivos femininos, como banheiros públicos e alas hospitalares, além de potencialmente barrar sua participação em equipes esportivas femininas.
Rowling, já polêmica nos últimos anos por opiniões consideradas antitrans, comemorou o veredicto publicando uma foto no X (antigo Twitter) fumando um charuto, com a legenda: “Adoro quando um plano dá certo.” Em resposta, Coughlan — que tem defendido os direitos trans em suas redes sociais e arrecadado mais de £100 mil (cerca de R$ 660 mil) para a organização Not a Phase — compartilhou um artigo do The Cut em seu Instagram Stories, com a manchete: “Este É um Novo Ato Baixo de J.K. Rowling.” Segundo o The Telegraph, a atriz escreveu: “Fiquem com a nova série de ‘Harry Potter’. Não chego perto disso nem com uma vara de 3 metros.”
A estrela de Bridgerton se referia ao novo projeto da HBO, que recentemente divulgou parte do elenco, incluindo John Lithgow como Dumbledore, Janet McTeer como a professora McGonagall e Paapa Essiedu como Snape. Apesar das controvérsias, Rowling está envolvida na produção e, conforme revelado pela Variety em novembro, participou da escolha da equipe criativa, incluindo a showrunner Francesca Gardiner e o diretor Mark Mylod.
“J.K. Rowling tem o direito de expressar suas opiniões pessoais,” declarou um representante da HBO à Variety. “Nosso foco permanece no desenvolvimento da série, que só tem a ganhar com sua participação.” Tanto a HBO quanto Rowling não responderam aos pedidos de comentário da publicação.
Em outro post no Instagram, Coughlan criticou a decisão judicial e se comprometeu a dobrar doações para a Not a Phase até £10 mil (cerca de R$ 66 mil). “Como muitos, estou horrorizada com a decisão do Supremo Tribunal contra pessoas trans,” disse. “Ver uma comunidade já marginalizada sendo atacada dessa forma, e ainda por cima celebrada, é nojento e revoltante.” Ela ainda incentivou aliados cisgêneros a se posicionarem: “Se você é um aliado, fale agora. Mostre às pessoas trans e não binárias que você está com elas e continuará lutando.”
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Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com
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SIM