Seis meses após o vazamento massivo conhecido como “teraleak”, que liberou décadas de arte, documentos de design e outros materiais de desenvolvimento de Pokémon, a Nintendo está pressionando o Discord para revelar a identidade do responsável.
Segundo informações da Polygon, a empresa entrou com um pedido em um tribunal da Califórnia para que o Discord entregue dados como nome, endereço, telefone, e-mail, endereço IP ou qualquer outra informação que possa identificar o usuário por trás da conta “GameFreakOUT”. Esse é o suposto hacker que invadiu os sistemas da Game Freak, desenvolvedora da franquia Pokémon, e vazou um verdadeiro tesouro de materiais inéditos, incluindo sprites em desenvolvimento, arte conceitual do anime original de 1997, documentos de lore e até atas de reuniões da The Pokémon Company.
Este é apenas o primeiro passo de um processo que pode terminar mal para o responsável pelo vazamento. Se o subpoena for aprovado e o Discord cooperar – o que é bastante provável –, a Nintendo poderá acionar seus advogados contra o vazador, ainda anônimo. Nada é certo, mas a empresa é conhecida por proteger ferozmente sua propriedade intelectual e por processar sem piedade quem cruza a linha.
Um exemplo notório é o caso de Gary Bowser, condenado a três anos de prisão (ele cumpriu um) e uma multa de US$ 4,5 milhões por vender modchips e softwares de jailbreak para consoles da Nintendo. Mas a empresa não parou por aí: moveu um processo civil adicional, cobrando mais US$ 10 milhões – uma dívida impossível de ser quitada, mas que a Nintendo insiste em cobrar.
No caso do “teraleak”, as consequências podem não ser tão extremas, já que não houve fins comerciais. Porém, como a Polygon destacou em 2021, um vazamento anterior de Pokémon resultou em um processo que obrigou os envolvidos a pagarem US$ 150 mil cada. Considerando a magnitude do “teraleak”, é quase certo que a Nintendo agirá com ainda mais rigor contra quem está por trás dele.
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Este artigo foi inspirado no original disponível em pcgamer.com.