ALERTA DE SPOILER: Este texto contém revelações do Episódio 6 da 2ª Temporada de “The Last of Us”, disponível no Max.
Quando Joe Pantoliano recebeu o convite para integrar o elenco da 2ª temporada de “The Last of Us”, sua reação foi de surpresa – e confusão. O ator, que nem conhecia a série da HBO nem os jogos que a inspiraram, chegou a achar que se tratava de outro projeto. “Pensei que fosse aquela outra série, ‘This Is Us’”, confessa Pantoliano, conhecido como Joey Pants no meio artístico. “Ken Olin, um velho amigo, era produtor. Só depois vi que era algo totalmente diferente – e desafiador.”
E desafio é algo que Pantoliano domina. Vencedor de um Emmy por “The Sopranos”, o ator acumula mais de 140 filmes e séries em quatro décadas de carreira – de “M*A*S*H” a “Matrix” –, quase sempre em papéis secundários memoráveis. Em “The Last of Us”, não foi diferente. Seu personagem, Eugene, é mencionado no início da temporada como alguém que Joel (Pedro Pascal) foi obrigado a matar. Mas só no 6º episódio descobrimos como tudo aconteceu.
Durante uma patrulha com Ellie (Bella Ramsey), Joel encontra Eugene já infectado pelo fungo cordyceps. Mesmo sabendo que as regras de Jackson exigem sua execução imediata, Eugene implora por um último momento com a esposa, Gail (Catherine O’Hara). Ellie convence Joel a ajudá-lo, mas a promessa de não matá-lo é quebrada em uma cena emocionante à beira de um lago.
“Últimas palavras para ela?! Não, eu preciso das últimas palavras DELA! Para mim!”, grita Eugene, em um dos momentos mais intensos do episódio.
O processo por trás das cenas
Em entrevista, Pantoliano revelou detalhes curiosos da produção. Apesar de não ter assistido à série (por problemas tecnológicos, segundo ele), mergulhou no personagem com a ajuda do cenário imersivo e da direção precisa de Neil Druckmann. “Fizemos várias takes daquela cena do lago. Neil me exigiu até esgotar todas as emoções”, conta.
Outra surpresa foi o reencontro com Pedro Pascal, que lembrava de Pantoliano de 25 anos atrás – algo que o ator, devido a um acidente de carro, não recordava. “Ele veio me abraçar como se fôssemos velhos amigos. Só depois, com uma foto, eu me toquei: ‘Ah, era aquele garoto magrelo!’”, ri.
O episódio também trouxe desafios logísticos, como uma infestação de insetos que quase cancelou as filmagens. “Quase usaram CGI, mas eu adoeci e tivemos que improvisar com um dublê”, explica. Mesmo assim, o resultado final emocionou – e Eugene, em poucas cenas, tornou-se inesquecível.
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Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com
ESQUECIMENTO: SERÁ QUE A MEMÓRIA FALHA EM MOMENTOS CRUCIAIS?
SIM