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Panamá Ampliará Setor de Cinema com Novas Estratégias

Panamá Ampliará Setor de Cinema com Novas Estratégias

Grandes mudanças estão em curso na indústria cinematográfica do Panamá, impulsionadas por uma equipe jovem, dinâmica e majoritariamente feminina, com o apoio do recém-empossado presidente José Raúl Mulino. À frente dessa transformação está a vice-ministra da Cultura, Arianne Benedetti, cineasta e ex-comissária de cinema do país, que ajudou a implementar a lei do audiovisual panamenho em 2012. “Estamos focados em melhorar os incentivos em todas as áreas – desde infraestrutura e mão de obra até benefícios financeiros, como reembolsos em dinheiro”, explicou Benedetti. Além disso, o governo trabalha em um novo programa para atrair produtoras de jogos eletrônicos.

Entre as propostas em discussão está o aumento do reembolso atual de 25% para 30% ou 35%, além de mais recursos para o Fundo de Cinema Panamenho, que fomenta produções locais. Outra iniciativa é o relançamento do fórum de coproduções MEET, previsto para este ano. “Levaremos produtores e projetos para festivais importantes, com o Panamá como país em destaque no Malaga Film Festival em 2025. Também teremos delegações no Ventana Sur e na Espanha em setembro, facilitando conexões com profissionais internacionais”, destacou Benedetti. O país marcará ainda sua estreia no EFM de Berlim, com um estande para promover o Panamá como destino de filmagens.

Em entrevista à Variety durante o Festival Internacional de Cinema do Panamá (IFF Panama), Benedetti e a nova comissária de cinema, Maria Cecilia Arias, revelaram planos ambiciosos: a construção de um complexo de estúdios em parceria com investidores estrangeiros. Um estudo de viabilidade será divulgado em breve. “Com paisagens diversificadas – praias, selvas, montanhas –, o Panamá pode substituir locações como Nova York, Miami ou Dubai. As distâncias curtas são um trunfo para produções”, ressaltou Arias.

As executivas visitaram Londres e Los Angeles no ano passado para negociar com possíveis parceiros, incluindo uma empresa espanhola. Arias destacou uma tendência global: “Em Londres, vimos estúdios sendo construídos dentro da cidade. A praticidade é essencial – ninguém quer perder horas no trânsito”. Benedetti reforçou as vantagens do Panamá: “Somos um país dolarizado, seguro e com ótima conectividade – só dos EUA, há 13 voos diretos. Em 15 minutos, você sai de um hotel luxuoso e está numa selva. Temos cenários que imitam Las Vegas, o Brasil ou a Europa”.

O apoio político é crucial, e o Panamá conta com um presidente e um Congresso alinhados com o potencial econômico do audiovisual. “Assim como Uruguai, Colômbia e República Dominicana, estamos mostrando que políticas públicas fazem a diferença”, concluiu Arias. O país está pronto para se tornar o próximo hub criativo da região.


Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com
PANAMÁ INVESTIRÁ MAIS NO CINEMA?
PROVAVELMENTE

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