ALERTA DE SPOILER: Este texto revela detalhes importantes da temporada atual de “Sirens”, disponível na Netflix. Meghann Fahy está em um momento brilhante na carreira, estrelando produções aclamadas como “The White Lotus” e “The Perfect Couple”, além dos filmes “Your Monster” e “Drop”. Seus personagens costumam ser mulheres impecáveis e elegantes, mas que escondem segredos para manter as aparências. No entanto, Fahy se anima ao falar sobre seu novo papel em “Sirens” — algo totalmente fora de sua zona de conforto. “Devon é uma das minhas personagens favoritas que já interpretei”, diz ela. “Há algo tão libertador nela, porque ela é completamente autêntica, não importa o ambiente. Ela fala o que pensa, sem se preocupar com a opinião dos outros. O que, definitivamente, não é como eu vivo.”
Criada por Molly Smith Metzler (de “Maids”), “Sirens” acompanha Devon, uma mulher da classe trabalhadora que cuida do pai doente, Bruce (Bill Camp). Ela viaja até uma propriedade misteriosa na Nova Inglaterra para confrontar a irmã, Simone (Milly Alcock), assistente pessoal da socialite bilionária Michaela (Julianne Moore). Devon suspeita que Michaela seja uma líder de seita assassina. Quando a franca e despojada Devon invade o mundo refinado e pastel de Michaela, os ânimos se acendem. As duas travam embates intensos, discutindo quem tem mais influência sobre Simone e se ela deve voltar para Buffalo para ajudar no cuidado do pai.
Fahy revela que ficou impressionada com a generosidade de Julianne Moore durante as cenas mais tensas. “Chamar Julianne Moore dos nomes que eu chamo na série foi uma das experiências mais malucas que já tive em um set”</strong, admite. “Só de fazer contato visual com ela já era surreal. Mas ela é ainda melhor do que se imagina — profissional, generosa e centrada. Tentei apenas acompanhar o ritmo dela.”
Um dos momentos mais marcantes ocorre no final, quando Devon e Michaela partem da propriedade de barco, após Peter (Kevin Bacon), marido de Michaela, trocá-la por Simone. Derrotadas, as duas compartilham um momento de humildade e compreensão, muito diferente de suas interações anteriores. “Essa cena foi emocionante”</strong, diz Fahy. “É quando elas reconhecem que julgaram uma à outra errado e, de certa forma, se desculpam. É um final poderoso, porque o seriado explora muito o tema do mal-entendido.”
A conexão entre as irmãs, apesar de personalidades opostas — Devon é irreverente e vive no limite, enquanto Simone é disciplinada e ambiciosa —, surgiu de traumas da infância. Fahy conta que a química com Milly Alcock foi instantânea: “Nos protegíamos naturalmente, como irmãs. Quando ela veio a Nova York, eu a arrastei para todo canto, enquanto ela só queria ir para Williamsburg!”
Curiosamente, os atores só descobriram o desfecho da trama durante as gravações. “Foi uma surpresa ler o final e ver Simone ficando com Peter”</strong, revela Fahy. “Mas faz sentido: ela faria de tudo para não voltar a Buffalo. Já Devon aceita que a irmã seguiu outro caminho.” A evolução de Devon é clara: “Ela volta para casa transformada, mais centrada e com respeito por si mesma. Mesmo cuidando do pai, agora é uma escolha consciente.”
Apesar de “Sirens” ser anunciada como uma minissérie, Fahy adoraria explorar mais esse universo: “O final é satisfatório, mas imagino o que aconteceria com Michaela, por exemplo. Seria incrível continuar.”
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Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com
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