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The Witcher 3: Como a Trama e as Escolhas de Geralt Revolucionaram o RPG Narrativo Há 10 Anos

The Witcher 3: Como a Trama e as Escolhas de Geralt Revolucionaram o RPG Narrativo Há 10 Anos

Lembro como foi rápido perceber — em poucas horas, na verdade — que The Witcher 3 abordava suas missões de um jeito único, diferente de qualquer outro RPG que eu já tinha jogado. Em muitos jogos, especialmente os lançados antes de 2015, a diferença entre a missão principal e as secundárias era clara, tanto em complexidade quanto em qualidade de produção.

Mesmo quando as sidequests iam além do clichê de “mate dez inimigos e volte para um aldeão sem nome”, as melhores missões secundárias de RPGs da Bethesda, Bioware ou Square Enix raramente chegavam perto do nível narrativo que a CD Projekt Red alcançava até em suas tarefas mais simples. Tragédias românticas em vilarejos esquecidos de Velen, mistérios de assassinato no coração de Novigrad, contratos que levam a casas assombradas ou a Geralt sendo julgado por um tribunal de monstros.

Algumas das quests que The Witcher 3 oferece casualmente em um quadro de avisos de um vilarejo miserável superam o ápice da narrativa de outros RPGs. O que a maioria delas tem em comum é uma escolha crucial — mas não daquelas que influenciam o final ou dão pontos em uma barra de “bom” ou “mau”, como Mass Effect fazia anos antes.

A escrita de The Witcher 3 já foi elogiada inúmeras vezes por ser “moralmente cinza”, mas, no fundo, isso só significa que nem sempre (ou talvez nunca) há uma decisão certa ou errada. Não cabe a nós definir quem Geralt é — ele já é o Açougueiro de Blaviken, o amante instável de Yennefer, o pai adotivo de Ciri. Mas podemos colorir suas nuances através de centenas de pequenas escolhas de diálogo e caminhos seguidos.

Ele é um pai rígido ou gentil? Defende com unhas e dentes anões e elfos perseguidos ou vira o rosto? Que arrependimentos carrega das decisões que tomou quando os resultados variavam entre ruim e pior?

O grande trunfo de The Witcher 3 foi fazer essas escolhas parecerem importantes para Geralt — e para nós — sem recorrer a caminhos óbvios ou pop-ups dizendo “Geralt vai se lembrar disso”. Por isso, nada mais justo do que, ao celebrar os 10 anos do jogo, relembrar algumas das decisões difíceis que ficaram marcadas para mim.

Na época, lutei com cada uma delas, mas agora, em retrospectiva, estou pronto para revelar a Decisão Objetivamente e Absolutamente Correta em cada caso. (Esqueça todo aquele papo de moralidade cinza! Aqui está o molde do Verdadeiro e Único Geralt).

Ficar com Yennefer ou partir seu coração em “O Último Desejo”


Este artigo foi inspirado no original disponível em pcgamer.com.

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