Drama ‘Valley of the Shadow of Death’ de Jornalistas Hong-Kongeses Jeffrey Lam Sen e Antonio Tam Alcança Vendas Internacionais

O filme "Valley of the Shadow of Death", estrelado por Anthony Wong, uma lenda local, tem sido adquirido por distribuidoras internacionais após sua estreia no Festival de Cinema de Tóquio em outubro.
A Golden Scene de Hong Kong adquiriu os direitos de distribuição internacional de “Valley of the Shadow of Death”, filme que conta com a atuação do lendário Anthony Wong. A produção, co-dirigida pelos talentos emergentes de Hong Kong Jeffrey Lam Sen e Antonio Tam, estreou no Festival Internacional de Cinema de Tóquio em outubro do ano passado. O longa é um drama que aborda nada menos do que o eterno conflito entre pecado e punição. Wong interpreta um pastor que é forçado a oferecer abrigo ao homem responsável pela morte de sua filha.
Em entrevista à Variety, Lam e Tam revelaram que o roteiro foi escrito em um período marcado por profunda raiva e inquietação. “Enquanto a tensão entre ódio e perdão nos consumia, refletimos sobre como a humanidade deveria seguir em frente. ‘Valley of the Shadow of Death’ pode parecer, à primeira vista, uma típica história de vingança, mas ele segue o caminho oposto, contando uma narrativa sobre o perdão.”
O filme carrega uma forte temática religiosa — o pai de Lam é pastor, e Tam frequenta a igreja desde os três anos de idade. “Nossa criação esteve intimamente ligada à religião, por isso temos um interesse especial no conflito entre fé e natureza humana. Ao desenvolver o roteiro, fomos atraídos pelos dilemas morais presentes na história.”
Os diretores acreditam que “Valley of the Shadow of Death” é uma obra relativamente rara no cenário cinematográfico de Hong Kong. “Espero que cineastas estrangeiros descubram o filme no FilMart e se sintam intrigados, pensando: ‘Então, Hong Kong também faz filmes assim’”, comentou Lam.
A produtora do filme, Jacqueline Liu, descreveu o atual ambiente de produção cinematográfica como imprevisível. “Estamos em uma era de alta demanda por conteúdo; o público tem muitas opções. Como cineastas, o que podemos fazer é dar o nosso melhor, criar obras que se conectem com o público e, então, encontrar uma forma de lançá-las”, afirmou.
Ela destacou que a tecnologia diminuiu as barreiras linguísticas, permitindo que projetos se desenvolvam em múltiplas direções. “No mercado local, os jovens cineastas de Hong Kong tendem a explorar temas mais nichados ou assuntos com uma identidade forte. Paralelamente, o mercado de coproduções está se desenvolvendo rapidamente. No geral, minha impressão é que a nova geração de cineastas está mais adaptada e preparada para o mercado internacional”, concluiu Liu.
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Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com