O Festival de Cinema de Veneza irá homenagear o icônico e rebelde diretor alemão Werner Herzog — responsável por obras-primas como Aguirre, a Cólera dos Deuses, Fitzcarraldo e Nosferatu, o Vampiro da Noite — com o Leão de Ouro de Carreira em 2025. “Sinto-me profundamente honrado por receber este prêmio da Bienal de Veneza”, declarou Herzog. “Sempre me esforcei para ser um Bom Soldado do Cinema, e isso parece uma condecoração pelo meu trabalho: obrigado.”
No entanto, o cineasta deixou claro: “Não me aposentei. Continuo trabalhando como sempre. Há algumas semanas, finalizei um documentário na África, Ghost Elephants, e agora estou filmando meu próximo longa, Bucking Fastard, na Irlanda. Também estou desenvolvendo uma animação baseada no meu romance The Twilight World e dou voz a uma criatura no próximo filme animado de Bong Joon Ho. Ainda não terminei”, completou.
Alberto Barbera, diretor artístico de Veneza, descreveu Herzog como “um cineasta físico e caminhante incansável”, que “atravessa o planeta em busca de imagens nunca vistas, desafiando nossa percepção e sondando os limites da representação fílmica em uma busca incessante por uma verdade superior e novas experiências sensoriais”.
Barbera destacou ainda que Herzog, um dos grandes nomes do Novo Cinema Alemão, com filmes como O Signo da Vida, O Tenente Corrupto e Grizzly Man, nunca deixou de expandir a linguagem do cinema, borrando as fronteiras entre documentário e ficção enquanto explorava temas como comunicação, a relação entre imagem e música, e a beleza — e decadência — da natureza.
Para Barbera, Herzog é “o último herdeiro do romantismo alemão”, com uma carreira “tão fascinante quanto arriscada, que exige entrega total e até mesmo enfrentamento do perigo físico, onde a catástrofe sempre espreita”. A 82ª edição do festival acontecerá entre 27 de agosto e 6 de setembro de 2025.
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Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com
HERZOG MERECE O PRÊMIO?
SIM