Vou ser sincero: Slay The Spire nunca me fisgou da mesma forma que conquistou tantos jogadores. Não é uma crítica—o jogo é excelente—, mas parece que falta na minha cabeça o “gene” que faz as pessoas mergulharem em infinitas partidas durante semanas.
O curioso é que, no meu caso, esse vício se manifesta com Monster Train, outro roguelike de construção de decks (só que, desta vez, com um trem no meio). A progressão vertical, baseada em salas e facções, me cativa de um jeito que o sistema mais linear de Slay The Spire não consegue. É mais bagunçado? Sem dúvida. Mas, confesso, é justamente isso que me agrada.
Monster Train 2 chega em seis semanas, no dia 21 de maio, prometendo evoluir a fórmula do primeiro jogo com “cinco novas facções”, além de cartas de salas e equipamentos que permitem modificar unidades ou até o trem inteiro. Já perdi horas demais no primeiro jogo—mais do que gostaria de admitir—, e algo me diz que a sequência vai colocar minha produtividade e vida social em risco.
Claro, nem todo mundo aqui no PCG compartilha desse entusiasmo. Apesar de termos eleito o Monster Train original como o melhor jogo de cartas de 2020 (em plena era dos dinossauros, lembra?), nosso colega Jody Macgregor deu a ele um sólido—porém não espetacular—77% em sua análise. Ele elogiou as combinações que faziam parecer que ele tinha “quebrado o jogo”, mas criticou a aleatoriedade frustrante dos decks e upgrades. Pelo que vi até agora, a sequência não parece mudar radicalmente essa experiência… mas, bem, é exatamente isso que alguns de nós queremos.
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Este artigo foi inspirado no original disponível em pcgamer.com.