O presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva na sexta-feira para reduzir drasticamente os recursos da Voice of America (VOA). O plano visa desmantelar em grande parte essa emissora financiada pelo governo, além de programas como a Radio Free Europe e a Radio Liberty. A ordem, divulgada no final da sexta-feira, afirma: “Esta ordem continua a redução dos elementos da burocracia federal que o presidente determinou como desnecessários.”
Em resposta à notícia, o Comitê para Proteção dos Jornalistas, um grupo ativista sem fins lucrativos, criticou a medida como “escandalosa” e pediu que membros do Congresso defendam a VOA.
“É escandaloso que a Casa Branca esteja tentando enfraquecer uma agência financiada pelo Congresso que apoia o jornalismo independente e desafia narrativas de regimes autoritários em todo o mundo”, disse Carlos Martinez de la Serna, diretor de programas do CPJ. “Pedimos aos líderes do Congresso que protejam essa agência crucial, que fornece notícias sem censura em países onde a imprensa é restrita.”
A VOA, que serve como um campo de treinamento para gerações de jornalistas desde 1942, é operada pela U.S. Agency for Global Media. A emissora atua em mais de 40 idiomas, com a missão de trazer “cobertura jornalística precisa e objetiva dos EUA e de todo o mundo”, de acordo com o site da organização.
A ordem executiva também menciona outras agências, como o Conselho Interagências sobre Desabrigados dos EUA, o Centro Internacional de Estudiosos Woodrow Wilson, o Instituto de Serviços de Museus e Bibliotecas e o Serviço Federal de Mediação e Conciliação. Todas devem “reduzir o desempenho de suas funções estatutárias e o pessoal associado ao mínimo necessário exigido por lei”.
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Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com