É uma tradição quase sagrada no mundo dos jogos: Doom, o clássico FPS da PC, ser adaptado para qualquer pedaço de hardware que consiga, mesmo que minimamente, rodá-lo. No ano passado, a id Software surpreendeu ao lançar uma versão atualizada de Doom e Doom 2 em uma coletânea otimizada para sistemas modernos – e que foi muito bem recebida pelos fãs.
Agora, a Limited Run Games anunciou que vai lançar uma versão física de Doom + Doom 2. As pré-vendas começam em 18 de abril, com opções que vão desde um case padrão até uma edição retrô em “big box” – e, para os colecionadores mais hardcore, uma versão absolutamente insana: a Will It Run Edition, limitada a 666 unidades e custando nada menos que US$ 666,66.
E o que justifica esse preço? Bom, a caixa da Will It Run Edition é, ela mesma, um dispositivo que roda Doom. Sim, você leu certo: a caixa joga Doom. É tão absurdo que chega a ser genial. Ah, e ainda vem com um boneco do Cacodemon… que também roda Doom. Além disso, inclui cards colecionáveis, a trilha sonora em fita cassete e – adivinha? – tudo isso dentro de uma caixa que executa Doom. Que diabos!
Mas, convenhamos, Doom é um dos poucos jogos que podem se dar ao luxo de um exagero tão glorioso. Afinal, como já disse a equipe da PC Gamer: “Doom é eterno”. Ele é um dos pilares dos FPS, e sua tecnologia e design influenciaram incontáveis jogos desde então.
E, falando nisso, parece um bom momento para lembrar algumas das plataformas mais bizarras em que Doom já rodou. Por exemplo: dentro do próprio Doom. Já viram ele funcionando na BIOS de uma placa-mãe? No bloco de notas do Windows? No sistema de teletexto da TV? Em bactérias intestinais? Em uma escova de dentes com Wi-Fi? Em um satélite caríssimo? No despertador da Nintendo? E, recentemente, dentro de um arquivo PDF.
E, em breve, você poderá jogá-lo… na caixa do jogo. Porque, claro, por que não?
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Este artigo foi inspirado no original disponível em pcgamer.com.