Após terminar Avowed, comecei a explorar as diferentes possibilidades de finais e fiquei impressionado com a quantidade de variações existentes. O final mais desafiador e oculto não só exige um compromisso durante todo o jogo, mas também deixa as Terras Vivas em seu estado mais caótico, com todos os seus companheiros odiando você. Atenção: spoilers à frente para os finais de Avowed.
Ao longo do jogo, há indícios de que você pode escolher se aliar a Lödwyn, uma antagonista que lembra uma mistura de Kreia com Legado Lanius, e seus paladinos fanáticos da Garra de Aço. Assim como nos outros finais, você não é impedido de escolher esse caminho por decisões anteriores, mas as coisas não saem bem se você não manteve uma coerência ideológica.
Se você não fez escolhas que agradassem Lödwyn, ao se aliar a ela contra as outras facções, ela te recompensa como um traidor antes dos créditos finais: ela corta sua cabeça e narra uma versão resumida dos slides finais, onde assume o controle do continente sem você.
No YouTube, o canal Big Dan Gaming tem um guia sobre como se aliar a Lödwyn sem ser morto antes do final, desbloqueando o troféu “Tirania”, que atualmente só 0,2% dos jogadores da Steam conquistaram. Basicamente, você precisa fazer escolhas pró-Aedyr, pró-Lödwyn ou anti-Sapadal em todos os momentos cruciais da história. As decisões-chave são:
- Matar Ygwulf em Paradis.
- Deixar a Garra de Aço queimar Fior.
- Permitir que Kostya destruía o Bastião do Consolo.
- Matar Sapadal no Jardim.
Se você conquistar a aprovação de Lödwyn com essas escolhas antes de se aliar à Garra de Aço, ela te nomeia cavaleiro no final do jogo, em vez de te matar. Mas será que vale a pena? Todos os seus companheiros te abandonam por essa decisão, e os slides finais deixam claro que a visão de Lödwyn para as Terras Vivas é a de um regime opressor e eterno.
Não é o final que eu escolheria, mas é um ótimo exemplo de como suas escolhas realmente importam em Avowed. O mais recente jogo da Obsidian tem um nível de reatividade narrativa comparável ao de Baldur’s Gate 3, com missões que não quebram se forem concluídas fora de ordem, além de personagens que fazem referências a pequenas escolhas e detalhes de fundo. Onde Avowed fica para trás é na falta de interações sistêmicas, e ainda não vi um jogo com tantas adaptações para casos específicos quanto Baldur’s Gate 3.
Mas eu realmente gostei de como Avowed conta sua história e da forma como oferece uma nova perspectiva (literalmente) sobre o mundo de Eora, cenário de Pillars of Eternity. E pode não ser a última vez que vemos Avowed: a diretora do projeto, Carrie Patel, indicou que a Obsidian está aberta a fazer sequências ou DLCs no futuro.
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Este artigo foi inspirado no original disponível em pcgamer.com.