Hoje, de maneira inesperada, a Activision divulgou uma notícia surpreendente: em “Call of Duty: Black Ops 7”, não será mais possível transferir personagens, armas ou skins de “Black Ops 6”. Muitos interpretam isso como uma tentativa da empresa de evitar que “Black Ops 7” se torne um acúmulo de skins excêntricas, especialmente em meio à concorrência com “Battlefield 6”, que promete cosméticos mais “realistas”.

Em uma atualização publicada no blog, a Activision expressou estar ciente da discussão que ocorre online sobre a “identidade de Call of Duty” e da percepção de que a franquia teria “se afastado” de suas raízes.

“Alguns de vocês mencionaram que nos afastamos do que fazia Call of Duty único: uma experiência imersiva, intensa e visceral, que em muitos aspectos se mantém no chão”, afirmou a empresa. “Levamos esse feedback a sério e estamos ouvindo vocês”, acrescentou.

A Activision também revelou que as equipes de desenvolvimento de “Black Ops 7”, Treyarch e Raven, têm como objetivo criar um sucessor espiritual de “Black Ops 2”, ao mesmo tempo em que pretendem “arriscar mais”.

Anteriormente, foi informado que “Black Ops 7” incluiria a funcionalidade Carry Forward, que permite que conteúdo do jogo anterior seja transferido para o novo. Contudo, com a nova abordagem, personagens, skins e armas de “Black Ops 6” não serão migrados para “Black Ops 7”.

“O objetivo é que “Black Ops 7” mantenha a autenticidade de Call of Duty e sua ambientação. Por isso, o conteúdo de operadores e armas de “Black Ops 6” não será transferido para “Black Ops 7″”, esclareceram os desenvolvedores. Essa decisão, no entanto, afeta apenas “Black Ops 7”, uma vez que o conteúdo de jogos anteriores continuará a ser transferido para “Call of Duty: Warzone”.

Essa relevante declaração foi feita logo após a grande revelação de “Battlefield 6”, onde os desenvolvedores enfatizaram que os cosméticos do jogo teriam um caráter mais “realista”. Um membro da equipe da EA chegou a mencionar Nicki Minaj, possivelmente aludindo ao conteúdo adicional de “Call of Duty” que permite aos jogadores assumirem o controle da artista.

O diretor de design Shashank Uchil comentou que “tudo precisa ter um pé na realidade. O que fez “BF3” e “BF4″ especiais foi sua abordagem centrada em soldados.” Ele ainda destacou que “não precisamos de Nicki Minaj” e que o foco dos skins de “Battlefield 6” será “realismo e consistência”.

Ao longo dos anos, os jogos de “Call of Duty” apresentaram uma vasta gama de skins extravagantes, incluindo personagens como “stoner sloths” e skins licenciadas de franquias como “The Boys”, “TMNT”, “King of the Hill”, “Beavis and Butt-Head” e “Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado”. Enquanto muitos jogadores apreciaram essas adições e algumas até trouxeram modos especiais, outros veem essas skins como prejudiciais à experiência geral de “Call of Duty”.

A loja in-game de “Call of Duty” certamente é uma fonte significativa de receita, impulsionada em parte por essas skins excêntricas. Resta saber que tipo de conteúdo cosmético extra a Activision estará disposta a oferecer em “Black Ops 7” e se a nova política influenciará isso.

“Black Ops 7” está programado para ser lançado em 14 de novembro para PS5, PS4, Xbox Series X|S, Xbox One e PC. Um beta multiplayer terá início em outubro.