Respire fundo. Apesar de vivermos em um futuro distópico cheio de tecnologias invasivas, a notícia sobre a Amazon encerrando a opção de recusar o envio de gravações de seus dispositivos pessoais não é tão alarmante quanto parece. Desta vez, o cenário não é tão sombrio — aproveite esse raro momento de alívio no meio do caos digital.
Segundo a APNews, a Amazon vai remover em alguns dias a opção “Não Enviar Gravações de Voz” dos dispositivos Echo, mas a mudança não deve causar grande impacto. O recurso só estava disponível nos EUA e em apenas três modelos: o Echo Dot (4ª geração), o Echo Show 10 e o Echo Show 15. Ou seja, o número de afetados é pequeno — a própria Amazon afirma que apenas 0,03% dos usuários utilizavam essa função.
Esses poucos usuários serão automaticamente migrados para a opção “Não salvar gravações”, que continuará disponível em todos os dispositivos. Isso significa que, embora os áudios sejam enviados para a nuvem, não ficarão armazenados. Quem for impactado já deve ter recebido um e-mail da Amazon explicando a mudança.
“A experiência com a Alexa foi projetada para proteger a privacidade dos clientes e manter seus dados seguros, e isso não vai mudar. Estamos priorizando as ferramentas e controles mais usados pelos clientes, que também funcionam bem com experiências de IA generativa, dependentes do poder de processamento da nuvem segura da Amazon”, disse a empresa em um comunicado.
A função “Não Enviar Gravações de Voz” obrigava os dispositivos a processarem comandos localmente, sem usar a nuvem. No entanto, poucos aparelhos conseguem fazer isso de forma eficiente — a maioria depende de servidores em nuvem para interpretar e responder às solicitações. A mudança sugere que a Amazon quer abandonar de vez esse recurso.
A decisão parece alinhar esses dispositivos ao restante do ecossistema da empresa, integrando-os totalmente aos serviços em nuvem da Amazon. Embora sempre seja frustrante perder funcionalidades, essa alteração parece razoável — pelo menos mais do que a ideia de que a Amazon conseguiria tirar os gamers da Steam.
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Este artigo foi inspirado no original disponível em pcgamer.com.