Arm está planejando uma mudança radical em sua estratégia: em vez de apenas licenciar seus designs de IP e CPUs para outras empresas, a companhia pode começar a produzir seus próprios chips. De acordo com o Financial Times, essa mudança disruptiva pode resultar na revelação do primeiro processador interno da Arm já este verão.
Essa inovação faz parte de um plano mais amplo da SoftBank, a empresa japonesa que controla a Arm, para investir pesadamente em AI. Com um orçamento de $500 bilhões para infraestrutura em parceria com a OpenAI, a Arm está se preparando para uma estratégia AI revolucionária. O primeiro chip a ser produzido será um CPU para servidores em data centers, personalizável para clientes, com a Meta sendo um dos mais notáveis.
Essa mudança estratégica da Arm pode ter implicações significativas. A empresa, que historicamente licencia seus designs para empresas como Apple e Nvidia, agora se tornará uma concorrente direta desses gigantes do setor de semicondutores. A produção dos chips será terceirizada para fábricas de contrato, como a TSMC.
Além disso, a Arm pode desempenhar um papel crucial no projeto Stargate, uma parceria com a OpenAI para construir infraestrutura de AI no valor de $500 bilhões. O chip da Arm também pode ser usado no dispositivo personal AI-powered projetado por Jony Ive, em colaboração com a OpenAI e a SoftBank, caracterizado por uma interface altamente intuitiva.
A decisão da Arm de produzir seus próprios chips pode acelerar a transição dos processadores x86 da Intel e da AMD para chips Arm, uma previsão que tem sido feita por décadas. No entanto, a batalha legal em andamento com a Qualcomm e as implicações dessas ações ainda são incertas.
Enquanto a Nvidia, que recentemente tentou e falhou em adquirir a Arm, também está planejando um novo chip para PC baseado na IP da Arm, a Arm está considerando novas estratégias para o futuro. A pergunta agora é: a Arm realmente produzirá seus próprios chips? Eles eventualmente serão usados em PCs? A Arm pode se tornar um grande jogador no mercado de AI? E o que isso significa para o futuro dos dispositivos móveis e PCs? Só o tempo dirá.