Quando falamos dos grandes centros de dados de AI e dos lucros que geram para empresas como a AMD, minha reação é: “Vão para o mar!” E, na verdade, essa ideia não é tão ruim. Recentemente, foi instalada uma “cápsula de dados” com mais de 400 servidores de alta performance no fundo do mar, perto da ilha de Hainan, na China. Esses servidores foram conectados a um centro de dados subaquático existente, ajudando na infraestrutura de AI do país.
Segundo a China Media Group, esse centro suportará assistentes de AI do DeepSeek, com capacidade para 7.000 conversas por segundo. Sua capacidade total é equivalente a 30.000 computadores de jogos de alta performance, contando com o resfriamento natural da água. A estrutura submersa mede 18 por 3,6 metros e não é a primeira do tipo; outro centro de dados foi implantado perto de Hainan em 2023.
Fora da China, a Microsoft tem explorado centros de dados subaquáticos desde 2014. Em 2020, testes na Escócia mostraram que a taxa de falhas em centros submersos era muito menor do que em terra. Embora a Microsoft não tenha escolhido escalar o projeto, os benefícios do resfriamento natural são atraentes.
Os centros de dados consomem muita energia, gerando temperaturas altas. O centro em Hainan, que usa água do mar para resfriamento, é apresentado como energeticamente eficiente e mais seguro no fundo do mar, embora isso não garanta segurança total.
A ideia de “oceanos de tecnologia” é interessante, mas fico menos entusiasmado ao saber que é para suportar uma AI que não é realmente inteligente.