Bowen Yang, do elenco do Saturday Night Live, quer mais liberdade para soltar alguns palavrões nos roteiros do programa. Em seu podcast Las Culturistas, durante o quadro “I Don’t Think So, Honey”, ele defendeu que o SNL deveria permitir pelo menos cinco “merdas” e cinco “porras” por temporada. A discussão contou com a participação do co-apresentador Matt Rogers e da veterana do SNL, Amy Poehler.
Yang citou um momento recente do programa em que uma piada no “Weekend Update”, feita por Ego Nwodim, fez a plateia gritar a palavra “merda” – algo que, surpreendentemente, não rendeu multas da FCC. Ele classificou o ocorrido como seu “momento favorito na história da televisão”.
“Nossa comédia no SNL fica muito limitada por não podermos dizer ‘merda’ e ‘porra'”, reclamou Yang. “Somos nós, Abbott Elementary, Ghosts – as últimas comédias de rede. Será que não daria para fazer uma exceção?” Ele até brincou que, se a FCC está sendo desmantelada por causa de Trump, pelo menos poderiam ganhar o direito de soltar uns palavrões. “Isso elevaria o nível dos sketches. ‘Merda’ e ‘porra’ têm um poder cômico incrível”, argumentou.
Poehler, por sua vez, sugeriu que a NBC poderia monetizar os xingamentos, criando um sistema de votação estilo American Idol para decidir quem fala as palavras proibidas. Yang acrescentou que poderiam até arrecadar fundos para um eventual “caixa de defesa legal”. Rogers propôs que, quando Kenan Thompson (o membro mais antigo do elenco) deixar o programa, ele ganhe o direito de dizer todos os palavrões que quiser em seu último episódio.
Mas Poehler também lembrou que a proibição gera um certo tensionamento cômico: “A gente quer justamente porque não pode ter”. Yang ainda explicou as regras atuais: no SNL, pode-se dizer “bunda”, mas não “cu”, e “períneo” é permitido por ser um termo anatômico.
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Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com