CBS Fecha Acordo com Ex-Funcionário de “Equipe SEAL” que Acusou Discriminação

A CBS chegou a um acordo para encerrar uma ação judicial por discriminação movida por Brian Beneker, um coordenador de roteiros que alegou ter sido preterido em uma vaga de escritor na série SEAL Team por ser um homem branco e heterossexual. Beneker argumentou que as metas de diversidade da CBS — que incluíam, na época, alcançar 50% de representação de escritores negros, indígenas e pessoas de cor (BIPOC) até 2022-23 — configuravam uma cota ilegal. Os termos do acordo não foram divulgados.

A Paramount Global, controladora da CBS, recentemente revisou suas políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), afirmando em um memorando que não iria mais “estabelecer ou usar metas numéricas aspiracionais relacionadas a raça, etnia, sexo ou gênero em contratações”. Beneker teve o apoio da America First Legal, grupo de advocacia liderado por Stephen Miller, assessor da Casa Branca, que tem atuado para invalidar políticas DEI no setor privado. Segundo uma fonte, o acordo com Beneker não implica em mudanças adicionais nas políticas de diversidade.

Atualmente, a Paramount Global busca a aprovação do governo Trump para uma fusão com a Skydance Media. A Federal Communications Commission (FCC) já investiga a Paramount devido a uma entrevista no programa 60 Minutes com Kamala Harris, que Trump e seus apoiadores alegam ter sido editada de forma enganosa. Essa investigação pode atrapalhar a aprovação da fusão pela FCC. Trump também processou a empresa por US$ 20 bilhões devido à entrevista. Além disso, a FCC está investigando políticas DEI da Comcast (controladora da NBCUniversal) e da Disney.

O processo de Beneker sobreviveu a uma tentativa da CBS de arquivamento, pois o juiz John Walter entendeu que as objeções da empresa seriam mais adequadas em um pedido de julgamento sumário. As partes optaram por um acordo após uma mediação com um juiz aposentado em dezembro, evitando assim depoimentos e outras etapas de descoberta de provas.

A America First Legal também representa Jeff Vaughn, ex-âncora das emissoras KCAL e KCBS, que processou a CBS Broadcasting no ano passado por motivos semelhantes. Esse caso ainda está em andamento, com julgamento marcado para março de 2026. A CBS se recusou a comentar. Em sua defesa, a empresa argumentou que a Primeira Emenda lhe garante amplo direito de contratar quem desejar para funções criativas — questão que permanece sem resolução devido ao acordo.

Em outro caso, a Disney usou argumentos parecidos para justificar a demissão de Gina Carano, atriz de The Mandalorian acusada de banalizar o Holocausto em uma publicação nas redes sociais. Carano processou a Disney, alegando ter sido demitida ilegalmente como retaliação por suas opiniões políticas. A juíza Sherilyn Peace Garnett negou o pedido da Disney para encerrar o caso, afirmando que a Primeira Emenda não oferece proteção absoluta. O julgamento está marcado para fevereiro do próximo ano.


Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com

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