Descubra os Bastidores da Crytek: Uma Jornada Inédita e o Futuro Que Nos Aguarda!

Crytek lança documentário sobre sua história, explorando a evolução e o desenvolvimento de jogos icônicos como Crysis e Far Cry.
Crytek foi criada em 1999 por três irmãos de origem turco-alemã, Cevat, Avni e Faruk Yerli. Juntos, eles lançaram uma série de documentários sobre a trajetória da empresa, sendo que a primeira parte já se encontra disponível na internet. Pela primeira vez, os fãs terão a oportunidade de assistir a imagens inéditas, explorar artes conceituais iniciais e aprofundar-se nas histórias que moldaram o estúdio ao longo do tempo.
O documentário começa narrando a história da família, que ganhou um computador do pai que era descrito como uma ferramenta para “estudos”, mas os irmãos já tinham claro o que queriam fazer de suas vidas. Eles também tinham consciência do que não desejavam.
“Não podemos ser uma empresa de jogos típica da Alemanha, pois as desenvolvedoras germânicas, naquela época, costumavam focar em jogos de estratégia e RPGs muito complexos”, comentou Avni. “Nossa proposta era oferecer experiências, como mundos abertos e semi-sandbox, permitindo que os jogadores explorassem os ambientes, caminhassem e vivenciassem tudo isso. Era uma abordagem totalmente inovadora.”
A princípio localizada em Coburg, na Alemanha, o estúdio tinha como objetivo ultrapassar os limites dos gráficos 3D em tempo real nos videogames. Suas primeiras demonstrações tecnológicas, como X-Isle, chamaram a atenção da Nvidia e resultaram em um contrato com a Ubisoft para o lançamento de seu primeiro grande jogo, Far Cry, em 2004.
A primeira parte do documentário aborda principalmente o desenvolvimento de Crysis e como a equipe buscou aproveitar as lições aprendidas com Far Cry, ampliando as fronteiras da tecnologia gráfica da época.
“Na produção de Far Cry, o departamento de arte criou um ambiente natural baseado em sua imaginação. Eles construíram uma selva como a concebiam. Em Crysis, nosso objetivo foi replicar a natureza da maneira mais precisa possível. Isso fez uma grande diferença, mesmo que em algumas áreas a tecnologia não fosse tão distinta”, explicou Marcel Schaika, artista 3D de Crysis.
“A forma como estruturamos o ambiente e utilizamos a tecnologia, focando em mimetizar como a natureza atua, como as folhas parecem quando a luz do sol as atravessa, como o oceano se apresenta, a refração da água, entre outros detalhes”, continuou Schaika. “Os artistas colaboravam com os engenheiros para criar um ambiente virtual que se assemelhasse aos registros que reunimos. Essa mentalidade fez com que Crysis se destacasse consideravelmente.”
A primeira parte tem apenas 20 minutos de duração e não está claro quantas partes do documentário ainda serão lançadas.
Em outras notícias sobre a Crytek, o estúdio enfrentou demissões significativas no início deste ano, levando a uma pausa no desenvolvimento de uma nova sequência de Crysis.