Há algo verdadeiramente mágico no clássico Doom e na obsessão das pessoas em fazê-lo rodar em basicamente qualquer dispositivo. Basta juntar um entusiasta determinado com o código aberto do jogo e um hardware modesto, capaz apenas de exibir uma interface mínima, e pronto: a mágica acontece.
Então, quando eu pergunto: “O que um teste de gravidez, bactérias intestinais e 100 quilos de batatas mofadas têm em comum?”, você já sabe a resposta. Agora, podemos adicionar códigos QR a essa lista—com um asterisco. O desenvolvedor Kuber Mehta criou algo extremamente leve que pode ser comprimido, codificado e depois extraído de um único QR code (via TechSpot).
No entanto, como o próprio desenvolvedor explica em um post recente, fazer o Doom rodar diretamente a partir de um QR code não é tão simples. Para começar, QR codes só conseguem armazenar até 3 KB de dados, e, como Mehta destaca, apenas o sprite da chaingun do Doom original ocupa impressionantes 1,2 KB.
Diante disso, o desenvolvedor optou por um compromisso, definindo sua premissa como: “Criar um jogo inspirado em DOOM, jogável e menor que três parágrafos de texto simples.”
Ou seja, não é exatamente Doom—daí o asterisco—, mas o jogo de Mehta é claramente uma homenagem. Inspirado não apenas no clássico FPS de 1993, mas também na creepypasta dos liminal spaces chamada The Backrooms, o projeto ganhou o nome de “the backdooms”. Um título até bobo, mas que me faz questionar por que não pensei nele antes.
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Este artigo foi inspirado no original disponível em pcgamer.com.