Um júri decidiu nesta segunda-feira a favor da Disney em um julgamento de direitos autorais envolvendo o filme “Moana”, absolvendo a empresa de uma ação de violação movida por um roteirista. O autor da ação, Buck Woodall, entrou com o processo em 2020, alegando que “Moana” foi baseado em seu trabalho intitulado “Bucky the Wave Warrior”. Após duas semanas de julgamento em um tribunal federal em Los Angeles, o júri de oito membros decidiu por unanimidade que a Disney não teve acesso ao roteiro de 2011 ou a versões anteriores da obra. A deliberação do júri durou menos de três horas. Como os jurados concluíram que os cineastas não tiveram acesso ao material de Woodall, não foi necessário avaliar se as duas obras eram semelhantes.
Woodall, que reside no Novo México, apontou uma série de semelhanças entre seu trabalho e o filme original de 2016, “Moana”. Ele argumentou que ambos os projetos envolvem adolescentes que desobedecem ordens dos pais para embarcar em uma jornada perigosa e salvar uma ilha polinésia. Além disso, ele citou outras similaridades, como a navegação por estrelas, a presença de um semideus tatuado e a sobrevivência a uma tempestade no mar. Woodall alegou que, em 2004, apresentou o projeto para a cunhada de sua irmã, que era assistente em uma produtora de live-action no estúdio da Disney. Segundo documentos judiciais, a parente chegou a perguntar aos Estúdios de Animação da Walt Disney se eles aceitariam uma submissão, mas foi informada de que não.
A Disney defendeu que “Moana” foi criado de forma independente anos depois e que não havia evidências de que qualquer um dos cineastas tivesse acesso ao trabalho de Woodall. Os advogados da empresa também destacaram diversas diferenças entre as duas obras. “Bucky é branco; Moana é oceânica. Bucky é dos EUA continental; Moana é indígena da ilha fictícia de Motunui”, argumentaram os advogados da Disney em um documento. “Bucky vive nos dias atuais; Moana vive milênios no passado. Bucky é um adolescente comum; Moana é a futura líder de seu povo. Bucky quer aprender a surfar, enquanto Moana deseja continuar o orgulhoso legado de seu povo como os maiores navegadores que o mundo já conheceu.”
Em novembro, um juiz determinou que a maioria das alegações de Woodall estava prescrita devido ao prazo legal, já que o filme foi lançado em 2016. No entanto, uma ação sobreviveu contra a Buena Vista Home Entertainment, subsidiária de vídeos caseiros da Disney, porque o lançamento do DVD ocorreu em 2017. Os advogados da Disney se recusaram a comentar ao deixar o tribunal. O advogado de Woodall afirmou estar “decepcionado” e que avaliaria as opções de seu cliente. Em janeiro, Woodall entrou com uma ação separada, alegando que “Moana 2” também infringiu seu roteiro. Esse caso ainda está em andamento.
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Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com