Drake Acusa Universal de Promover Difamação de Kendrick Lamar no Super Bowl e Grammys

Drake apresentou uma nova versão da queixa em seu processo por difamação contra a Universal Music Group (UMG) relacionado à música “Not Like Us”, de Kendrick Lamar. Segundo o artista, a gravadora aproveitou os prêmios do Grammy e a performance de Lamar no intervalo do Super Bowl para promover o single e prejudicar sua reputação. O documento, revisado pela Variety e ampliado de 81 para 107 páginas, inclui eventos ocorridos desde a ação inicial.

A equipe jurídica de Drake alega que o show de Lamar no Super Bowl atingiu mais de 133 milhões de espectadores — “incluindo milhões de crianças” — muitos dos quais nunca haviam ouvido a música antes. O texto descreve o evento como “o primeiro, e espera-se que último, show de intervalo do Super Bowl orquestrado para assassinar o caráter de outro artista”. A queixa também destaca que Lamar omitiu a palavra “pedófilo” durante a performance, sugerindo que a NFL não permitiria a apresentação com o termo nos vocais. “Quase todo mundo entende que é difamatório rotular falsamente alguém como ‘pedófilo certificado'”, afirma o documento.

Drake acusa a UMG de negociar e promover conscientemente a apresentação no Super Bowl após o processo inicial, agravando os danos à sua imagem. Além disso, sua defesa ressalta que “Not Like Us” — vencedora das categorias Canção e Gravação do Ano no Grammy 2025 — foi tocada durante a cerimônia para 15 milhões de telespectadores, algo que só ocorreria com o aval da gravadora. Curiosamente, o vídeo oficial do Grammy no YouTube excluiu o trecho em que o público cantava a música, assim como um clipe pós-evento que mostra o CEO da UMG, Lucian Grainge, cumprimentando Dr. Dre durante a execução da faixa.

O processo inicial já mencionava suspeitas de que a UMG teria usado bots para inflar artificialmente as streams de “Not Like Us” no Spotify. A versão atualizada generaliza a acusação, afirmando que a gravadora “ignorou propositalmente” esquemas de terceiros para manipular os números. Em resposta, a UMG emitiu um comunicado à Variety, classificando as ações de Drake como “absurdas” e “frívolas”, e alertando que o artista poderá ser submetido a interrogatórios se insistir na ação. A gravadora ainda relembrou que um processo similar movido no Texas foi abandonado pela equipe do rapper.

O processo original, movido em janeiro, acusava a UMG de difamar Drake ao propagar uma “narrativa falsa e maliciosa” sobre ele ser um pedófilo, citando a letra e o clipe de “Not Like Us”. A capa do single — que mostra a casa de Drake com marcadores de criminosos sexuais — teria inclusive motivado um tiroteio e invasões em sua propriedade. Em março, a UMG pediu a extinção da ação, argumentando que o rapper estaria apenas “chateado por perder uma batalha de rap”. Um julgamento sobre o pedido de descarte está marcado para 30 de junho.

Recentemente, Drake obteve uma vitória parcial quando o juiz negou o pedido da UMG para suspender a fase de descoberta de provas. Isso permite que ele solicite documentos confidenciais, como contratos de Lamar com a gravadora e detalhes de bonificações de executivos. Agora, a UMG também fará suas próprias requisições de informações, intensificando o embate judicial.


Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com

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