Pare-me se você já ouviu essa: um detetive cansado, a uma semana da aposentadoria, está sentado em sua escura sala, visivelmente frustrado por um criminoso que sempre escapa. Espalhados sobre a mesa e presos no mural atrás dele estão fotos do bandido que ele persegue, mas não consegue prender.
Mas espere: as fotos são todas de um braço comprido, esquisito e sinuoso que vem roubando coisas. Isso, com certeza, você nunca viu antes.
Aquele braço é você. Em My Arms Are Longer Now, “Você é um braço muito comprido. Você rouba coisas. É um jogo de comédia”, explicou Matthew Jackson, da Toot Games, o pequeno estúdio australiano por trás desse jogo de roubo surreal.
Você desliza seu braço estranhamente longo por cenários como um vagão de metrô ou uma festa infantil, pegando o que não é seu: uma bicicleta, uma mala, um par de brincos ou, como diz o ditado, até mesmo um doce de um bebê.
“É divertido ser arteiro, causar confusão e ser malcriado”, disse Jackson, citando Untitled Goose Game como influência durante nossa conversa na Game Developers Conference em São Francisco na semana passada. “Acho que também é legal ser horripilante. Tem uma palavra que usamos muito ao falar do jogo: ‘nojento’. Essa é a vibe. Mas há um limite—se for nojento demais, as pessoas se incomodam. Se não for o suficiente, fica sem graça. Então, você quer um pouco de nojo nas ações e no estilo visual para prender a atenção, sabe?”
O braço comprido e sinuoso, descrito na página do jogo na Steam, é um tanto “nojento” e “repugnante”—e parece que ele pode ficar ainda pior conforme você avança no jogo.
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Este artigo foi inspirado no original disponível em pcgamer.com.