ALERTA DE SPOILER: Esta entrevista revela detalhes do Episódio 3 da 2ª Temporada de Poker Face, já disponível no Peacock. O agente do FBI Luca Clark (Simon Helberg) está de volta em mais uma missão cheia de ação, em uma temporada repleta de assassinatos, investigações da astuta Charlie (Natasha Lyonne) e participações especiais — incluindo o comediante John Mulaney.
Criada por Rian Johnson, a série traz um elenco convidado diferente a cada episódio. Mas Helberg, que interpreta um dos poucos personagens recorrentes, teve a chance de desenvolver Luca desde a 1ª temporada. “É emocionante ver como ele tropeça na carreira, começando como motorista de idosos ex-presidiários no programa de proteção a testemunhas até resolver casos importantes para o FBI e se meter em confusão”, diz Helberg à Variety. “Como ator, é um sonho, porque não tenho a chance de interpretar muitos heróis. É incrível viver cenas em que você salva a mocinha em perigo, saca a arma e coloca a cabeça pra fora do teto solar — coisas que o Luca provavelmente viu nos filmes.”
Neste episódio, Luca entra em cena quando Beatrix Hasp (Rhea Perlman) tenta descobrir um traidor em seu grupo — com a ajuda inesperada de Charlie. Helberg lembra seu primeiro dia de gravações: uma cena no carro com Richard Kind, que interpreta o marido assassinado de Beatrix. “Cheguei com um monte de falas, cumprimentei todo mundo e já fomos direto pra cena”, conta. “É uma série na 2ª temporada, mas com elenco, equipe e diretores diferentes a cada episódio, parece sempre o primeiro dia de aula.”
Abaixo, Helberg fala sobre cantar Stephen Sondheim com Mulaney, como Luca tentaria imitar Dale Cooper de Twin Peaks e a experiência surreal de gravar o final da 3ª temporada de Night Court — cancelada pela NBC — no mesmo estúdio da Warner Bros.
Qual foi sua reação ao descobrir que John Mulaney seria seu melhor amigo no episódio?
“Fiquei animado porque o roteiro descrevia o personagem como um ‘tipo John Mulaney’ — e acabou sendo o próprio! Ele foi super gentil. Tivemos que começar lutando e apertando as bochechas um do outro, o que quebra o gelo rápido quando você tá se agarrando com outro cara no set”, brinca. “Sou fã dele. Ele observa tudo e todos de um jeito único, longe do estereótipo do comediante antissocial.”
Você e Mulaney cantam trechos de Merrily We Roll Along, de Sondheim. Houve improviso?
“Eu segui o roteiro à risca. John e Natasha improvisaram um pouco, mas o texto é tão afiado que não precisa. Não ensaiamos muito — eu nem conhecia a música direito e fiquei repetindo como um psicopata”, ri. “Melhor deixar algumas coisas sem explicação.”
Que personagens Luca tentaria copiar como agente do FBI?
“Ele dá uns one-liners e coloca óculos escuros como nos filmes. Já viu O Fugitivo e Point Break, mas só descobri Twin Peaks depois das gravações. Kyle MacLachlan como Dale Cooper é exatamente o tipo que Luca imitaria — até o corte de cabelo é igual!” Quando leu no roteiro que levaria um tiro na cabeça, Helberg levou um susto: “Talvez Luca possa copiar Cooper na 3ª temporada.”
Como foi filmar a cena de tiroteio, já que o público te associa a comédias como The Big Bang Theory?
“Foi técnico e desafiador. Você quer que pareça natural, mas são cenas fragmentadas — um segundo aqui, o dublê caindo ali. Quando vê montado, são 50 takes em 30 segundos de tela.”
E a participação no final de Night Court com Melissa Rauch?
“Foi um sonho surreal voltar ao estúdio da Warner Bros. e reencontrar Melissa. Brincamos com a dinâmica de casal que tínhamos em The Big Bang Theory, mas num contexto totalmente novo.”
Que papéis você quer explorar depois de Poker Face?
“Quero sempre fazer algo diferente. Joguei o mesmo personagem por 12 anos, então agora busco desafios. Não foi planejado — The Big Bang Theory era só mais um teste. Mas hoje quero fugir do óbvio.”
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Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com