Diretor de “Rainha do Baile” Fala Sobre Final e Possível Sequência

ALERTA DE SPOILER: Este artigo contém revelações sobre “Fear Street: Prom Queen”, agora disponível na Netflix. O diretor e roteirista Matt Palmer, criado no Reino Unido, não era muito familiarizado com a série de livros de terror adolescente de R. L. Stine que originou a franquia de filmes da Netflix. Embora conhecesse “Goosebumps”, a série mais famosa de Stine para leitores mais jovens, “Fear Street” não havia feito tanto sucesso por lá. Mesmo assim, Palmer foi convidado para dirigir “Prom Queen”, o quarto filme da série, antes mesmo de os produtores decidirem qual dos dez livros adaptariam em seguida. A história o cativou, mesmo ele estando longe da época do ensino médio.

“A ideia era: ‘E se fizéssemos um filme adolescente no estilo John Hughes — com personagens como os de “The Breakfast Club” — mas com um assassino louco armado com uma ferramenta elétrica?’ Foi assim que tudo começou”, explica Palmer. “Além disso, sentimos que poderíamos aprofundar as personagens Lori (India Fowler) e Megan (Suzanna Son). Nos filmes de slasher, muitas vezes os personagens parecem apenas cumprir uma função no enredo. Queríamos que o público já estivesse envolvido com eles antes da ameaça aparecer.”

Palmer estava entusiasmado com o material original, mas também feliz por ter a liberdade de Stine para adaptar o roteiro. Sua primeira mudança foi modernizar os diálogos, tornando os personagens mais atuais. “É engraçado porque o filme se passa no passado, mas precisa ressoar com o público moderno”, comenta. “No livro, as garotas falam muito sobre garotos, mas neste filme elas falam mais umas sobre as outras — definitivamente passa no Teste Bechdel.”

Outra mudança significativa foi a identidade do assassino, garantindo que até os fãs do livro ficassem surpresos no final. A revelação de que Dan e Nancy Falconer (Chris Klein e Katherine Waterston) matavam para ajudar Tiffany (Fina Strazza) a se tornar rainha do baile foi ainda mais chocante com o twist final: a própria Tiffany também era uma psicopata. Palmer já tinha o final em mente desde o início: “Quando apresentei a ideia aos produtores, eles perguntaram: ‘Quem é o culpado?’ E eu respondi: ‘Essas duas pessoas fizeram isso, e o assassino diz: “As pessoas nunca lembram dos detalhes, só da vencedora.”‘ Isso facilitou a escrita, porque não ficamos perdidos tentando inventar reviravoltas.”

Um detalhe inesperado é a cena pós-créditos, em que o sangue da cabeça de Nancy forma um símbolo — a Marca da Bruxa, um elemento dos três primeiros filmes da franquia, ligado a sacrifícios demoníacos. Palmer revela que o easter egg era mais relevante no roteiro original: “Sobrou de uma ideia em que os assassinos estavam envolvidos em rituais satânicos. Chegamos a considerar um segundo filme, nos anos 1990, sobre o Pânico Satânico, mas preferimos manter o filme curto e direto.”

“Queria um filme com menos de 90 minutos — adoro histórias de terror que vão direto ao ponto”, diz Palmer. “Focamos na narrativa principal, mas deixamos a porta aberta para teorias dos fãs. Quem sabe? Talvez o filme dos anos 1990 ainda aconteça e explique melhor esse mistério.”

Mas esse possível sequel de “Prom Queen” vai mesmo ser produzido? “Talvez”, responde Palmer. “Mas já realizei um slasher anos 80 no universo de ‘Fear Street’. Não quero ser ambicioso — adoraria voltar, mas também estou animado para ver outros diretores darem sua visão à franquia.”

Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com

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