Atualmente, é bem provável que a expectativa por Hollow Knight: Silksong tenha se tornado uma verdadeira obsessão na mente do público. O nome acabou se tornando sinônimo de várias piadas e memes, enquanto fãs ansiosos e a imprensa aguardam cada evento com a esperança de que o Team Cherry finalmente revele uma data, mostre novas imagens ou, simplesmente, traga alguma novidade.

Este dia está cada vez mais próximo, e a intensa dedicação da comunidade gamer pela falta de informações sobre Silksong pode dificultar a apreciação do real jogo, que promete ser um sucessor digno sem se afastar muito do aclamado título anterior.

Para esclarecer, minha experiência com Hollow Knight: Silksong foi bastante breve—somente cerca de 10 minutos, que pode ser conferido no vídeo acima. A demonstração limitada me permitiu explorar apenas uma área inicial, logo após uma curta cena de introdução. Essa parece ser a mesma demonstração que jogamos em 2019, embora eu não possa afirmar quais alterações ocorreram nos bastidores desde então. A abertura, que apresenta a nova heroína Hornet, é sombria, poética e envolvente, evocando uma sensação familiar para os fãs do primeiro jogo. Além disso, sua paleta de cores se mostrou bastante mais discreta do que a da maior parte da demonstração, o que foi uma grata surpresa.

Durante o jogo em si, o mundo estava repleto de cores e efeitos vibrantes. O Hollow Knight original não era de modo algum um jogo visualmente ruim, mas apresentava um estilo e uso específico de cores, com muitos elementos em primeiro plano sendo escuros e de visibilidade limitada. Em contrapartida, Silksong é exuberante em cores. A área inicial, repleta de vegetação, e a segunda área ainda mais impressionante, possuíam efeitos sutis de brilho, com tons de laranja e vermelho que faziam todo o cenário parecer vibrante e cheio de vida. O estilo visual ainda dialoga fortemente com o Hollow Knight original, mas é notável o quanto evoluiu desde 2017.

Embora seja complicado avaliar um jogo centrado em combate a partir de uma demonstração tão limitada, essa mecânica se mostrou uma evolução natural para Hollow Knight. Hornet é perceptivelmente mais ágil, e seu ataque descendente é um golpe diagonal rápido, conferindo mais mobilidade. A fase inicial não era excessivamente desafiadora, embora eu tenha morrido uma vez contra um chefe por ter exagerado nos ataques. Esse tipo de erro, custando caro logo no início do jogo, é raro, mas creio que o Team Cherry sabe exatamente o que Silksong representa e para quem é dirigido: amantes de Hollow Knight em busca de um novo desafio precisarão de um leve aquecimento para se ambientar, mas não terão (ou desejarão) serem mimados após esse retorno.

Por isso, Hollow Knight: Silksong parece ser exatamente o que todos esperavam: um jogo robusto, bem elaborado e visualmente deslumbrante que dá continuidade às filosofias estéticas e de design do original, com atualizações cuidadosas, embora não revolucionárias. A espera por Silksong foi longa, mas agora que está finalmente ao nosso alcance, talvez possamos voltar a nos concentrar no que o jogo realmente é, e não em quando ele não foi lançado.

O Team Cherry ainda não definiu uma data de lançamento para Hollow Knight: Silksong; no entanto, a apresentação da Gamescom Opening Night Live confirmou que o jogo continua previsto para 2025. Um anúncio especial, possivelmente revelando a data de lançamento, está programado para quinta-feira, 21 de agosto.