Recentemente, tive a oportunidade de jogar por cerca de 20 minutos a nova versão de Hyrule Warriors, intitulada Age of Imprisonment, e há muitos elementos empolgantes para os fãs de Zelda e dos jogos Musou. Para os adeptos da série, a notícia de que Age of Imprisonment faz parte da cronologia oficial é bastante animadora. Ao contrário de Age of Calamity, que explorou ideias de linhas do tempo alternativas de forma um tanto ambígua, a Nintendo decidiu abordar a sequência de maneira mais firme, garantindo que tudo que aparece em Age of Imprisonment se encaixa na narrativa principal. Sabemos como a história termina com Ganondorf, mas diversas perguntas permanecem sobre os eventos que ocorreram antes e depois desse desfecho.

No aspecto do gameplay, Age of Imprisonment proporcionará aos jogadores uma excelente variedade de personagens da franquia, e, com base no que observei apenas com Zelda, Rauru e Mineru, o elenco promete ser realmente muito interessante e cheio de opções.

Durante minha experiência com Age of Imprisonment, explorei áreas subterrâneas com Rauru, Mineru e Zelda, esta última revelando que era sua primeira vez nos confins e que desconhecia sua existência. Mineru comentou sobre os locais de poder sagrado que existem na profundidade e como tem coletado construções para suas pesquisas. Ela não tinha conseguido investigar essas áreas sozinha até a chegada de Zelda e seus poderes de luz, que ajudaram a derrotar os desafios que encontraram pelo caminho.

Cada personagem possui um estilo de combate único: Zelda utiliza uma espada de Zonaite e projéteis de luz mágica, enquanto Rauru ataca com lança e rajadas de energia, e Mineru faz uso de uma variedade de dispositivos criados a partir de equipamentos Zonai.

Me senti bastante à vontade enfrentando Little Frox, Frox e Constructs, especialmente por ter jogado muito Age of Calamity, mas até aqueles com alguma experiência em jogos Musou provavelmente acharão a jogabilidade acessível. A mecânica básica, incluindo ataques normais e fortes, evasões, golpes rápidos, defesas e a coleta de materiais, permanece intacta. Os ataques são visualmente impactantes, têm vastas áreas de efeito e são sempre divertidos de executar com força.

O menu acessado pelo botão R foi modificado na Age of Imprisonment, substituindo o Sheikah Slate por habilidades exclusivas. Há um ataque poderoso de impulso e um ataque vertical, além de dispositivos Zonai que podem ser utilizados livremente ou, de forma mais estratégica, para contrabalançar as habilidades de um inimigo e revidar. O ataque de impulso no botão Y é eficaz contra adversários que avançam, como a investida de um construct, enquanto a versão no botão X serve contra ataques aéreos. Estes ataques podem ser usados isoladamente para causar dano extra, mas realizar contra-ataques específicos parece ser mais vantajoso, oferecendo uma chance para um ataque adicional. Essas habilidades têm um tempo de recarga similar ao uso bem-sucedido de habilidades do slate anterior. O interessante é que os botões A e B são para equipamentos Zonai personalizáveis, com propriedades específicas que podem ser ajustadas no menu do direcional. Isso permite alterar rapidamente seu arsenal dependendo das fraquezas dos inimigos. No entanto, os equipamentos Zonai precisam de baterias para funcionarem corretamente.

Outro aspecto interessante é que alguns equipamentos podem ser colocados no ambiente e funcionam automaticamente, aumentando o potencial ofensivo. Como não há dano amigo, é possível, por exemplo, posicionar um emissor de chamas e utilizá-lo como parte da sua ofensiva esmagadora.

Os inimigos também apresentam características e fraquezas que foram herdadas de Tears of the Kingdom. Por exemplo, os Frox consomem bombas e continuam vulneráveis a ataques direcionados aos olhos ou ao lado onde há minérios. Isso significa que jogadores familiarizados com Tears terão uma vantagem considerável nas estratégias contra essas ameaças.

A verdadeira mudança em relação a Age of Calamity, no entanto, são os Sync Strikes. Essa mecânica não é apenas um ataque poderoso que requer a colaboração de dois personagens, mas envolve uma nova abordagem tática obrigatória, exigindo que os jogadores decidam quando as personagens devem atuar juntas ou separadamente no mapa. Essa adição traz uma nova dinâmica ao estilo de jogo tradicional.

Os ataques Sync Strike são a maior inovação, pois, em Age of Calamity, a maioria dos personagens atuava individualmente em diferentes áreas do mapa. Os ataques sincronizados são tão efetivos que contar com dois personagens trabalhando juntos se mostra uma forma confiável de lidar rapidamente com os inimigos e economizar tempo. Essa mecânica estimula um planejamento cuidadoso e a reconsideração constante sobre onde posicionar as unidades para obter os melhores resultados, especialmente considerando que esses ataques levam um tempo significativo para carregar.

As combinações de ataques Sync Strike podem variar conforme os personagens envolvidos, oferecendo de feixes que podem ser direcionados a transformações totalmente diferentes, como a construção aprimorada de Mineru. Isso implica que algumas dessas habilidades podem ser mais eficazes em certas situações, proporcionando aos jogadores a oportunidade de testar e otimizar suas formações de ataque. O simples fato de pensar sobre o futuro elenco e as possíveis interações nos ataques Sync parece uma tarefa desafiadora, mas isso significa que os jogadores provavelmente encontrarão uma profundidade considerável no jogo.

Embora a demonstração tenha sido breve, com um pequeno teaser ao final, consegui ter uma boa noção de como Age of Imprisonment é envolvente, e a sensação é muito positiva. A expectativa de que este jogo já apresente uma base sólida, mesmo sem conhecer os personagens que realmente quero ver, aumenta ainda mais a minha empolgação para seu lançamento em 6 de novembro.