A última semana foi de susto para os funcionários da Intel, após rumores de que a empresa demitiria 20% de seu quadro de pessoal. Em uma notícia que, embora menos alarmante, ainda causa apreensão, a Intel desmentiu os boatos, afirmando que o número estava inflado—sem revelar, porém, qual seria a cifra real.
De acordo com o CTech, a Intel realizou uma videoconferência geral para acalmar os ânimos. Durante o encontro, o CFO David Zisner garantiu que os supostos 20 mil cortes (ou 20% da força de trabalho) eram um exagero, mas evitou dar detalhes sobre quantas demissões realmente ocorrerão.
Em linguagem corporativa típica, a empresa explicou que cada departamento passará por uma avaliação individual, podendo oferecer acordos de demissão voluntária para “enxugar a gordura”. Uma coisa, porém, está descartada: pacotes de aposentadoria antecipada. A Intel alega que, no passado, essa medida fez a companhia perder mão de obra qualificada—e experiência valiosa.
Imagino a frustração dos veteranos da Intel, que talvez sonhem com uma saída mais tranquila. Em uma era em que a idade para aposentadoria só aumenta, esses pacotes seriam um alívio. Mas, como a Intel teme, eles também significariam perder cérebros essenciais.
Isso deve ser especialmente crítico nos times de engenharia, setor que a Intel quer fortalecer—não enfraquecer. O conhecimento acumulado na produção de semicondutores é imenso, e substituir profissionais experientes à medida que se aposentam deve ser um desafio cada vez maior.
Os rumores surgiram na mesma semana em que o CEO Lip-Bu Tan enviou uma carta interna pedindo mudanças na estrutura e cultura da empresa. Ele foi claro: “Precisamos equilibrar cortes com a retenção e contratação de talentos-chave.” O objetivo é reforçar a competitividade da Intel no mercado de tecnologia—algo que, curiosamente, vai de encontro à busca por parcerias no setor.
Por enquanto, os funcionários seguem na expectativa. Ainda que o número exato seja desconhecido, é provável que seja alto—ainda mais depois dos 15 mil cortes em 2023. A promessa é que as demissões ocorram rapidamente nos próximos meses, num esforço para reduzir custos o quanto antes.
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Este artigo foi inspirado no original disponível em pcgamer.com.