Intel em Dificuldades: TSMC Propõe Joint Venture com Nvidia, AMD e Broadcom para Assumir Fábricas

No vai e vem dos rumores sobre a possível aquisição das fábricas de chips da Intel pela TSMC, uma nova reviravolta surgiu. Segundo a Reuters, a TSMC teria proposto à Nvidia, AMD e Broadcom a criação de uma joint venture para assumir o controle das fábricas da Intel, que enfrentam dificuldades.

Vale destacar que, há algumas semanas, circulava a história de que as fábricas da Intel seriam desmembradas em uma joint venture entre a própria Intel e a TSMC, mas operada por esta última. Dias depois, esse boato foi desmentido por alguns analistas do setor, enquanto outros o confirmaram e ainda incluíram a Broadcom na jogada.

Resumindo, o que realmente está acontecendo, se é que está, é um mistério. Mas uma coisa é certa: a Intel está em apuros. A empresa registrou uma perda de US$ 18,8 bilhões em 2024 e demitiu o CEO que deveria ser seu salvador. Portanto, não é surpresa que os rumores sobre seu futuro estejam pipocando.

Voltando ao boato mais recente, a Reuters afirma que a TSMC propôs à Nvidia, AMD e Broadcom que ela administraria as fábricas, mas a propriedade seria da joint venture, com a participação da TSMC limitada a no máximo 50%.

Esse detalhe reflete a suposta preocupação do governo Trump, que não apoiaria qualquer acordo que transferisse a maioria das ações da Intel para o exterior. A Reuters também sugere que o governo Trump pode estar por trás dessas manobras.

“O governo do presidente Donald Trump pediu à TSMC, a maior fabricante de chips por contrato do mundo, que ajudasse a reerguer o ícone industrial americano em dificuldades, disseram fontes sob condição de anonimato, já que as negociações não são públicas”, afirma a Reuters.

Como era de se esperar, nenhuma das partes envolvidas comentou o caso. Mas, se a história for verdadeira, as negociações já estão bem avançadas. “Membros do conselho da Intel apoiaram o acordo e mantiveram negociações com a TSMC, enquanto alguns executivos são firmemente contra, de acordo com duas fontes”, diz a Reuters.

No fim das contas, tudo ainda é um grande mistério. No entanto, o que parece mais provável é que boa parte disso depende do sucesso do nó 18A da Intel. Se tivéssemos que apostar, diríamos que, se a Intel conseguir cumprir suas promessas de que o 18A estará operacional ainda este ano, produzindo chips competitivos em relação aos nós N3 e futuros N2 da TSMC, a preferência da empresa será manter suas fábricas.

Por outro lado, se o 18A sofrer mais atrasos e não se mostrar uma solução viável, a Intel pode começar a ficar sem tempo e dinheiro. Por enquanto, pode fazer sentido explorar a opção de desmembrar as fábricas em algum nível, mantendo a intenção de seguir sozinha caso o 18A dê certo.

De qualquer forma, parece que já se passaram anos desde que Pat Gelsinger apresentou seu plano de resgate, o Intel 2.0. Ainda estamos esperando para ver se ele funcionou. Enquanto isso, o destino da Intel parece estar equilibrado na corda bamba. Pelo menos não está monótono!


Este artigo foi inspirado no original disponível em pcgamer.com.

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