Meia-Maratona Inusitada na China: Robôs Humanoides Competem com Humanos em Desafio Tecnológico

A China transformou uma premissa incrivelmente futurista em um evento que misturou tecnologia e esporte de um jeito peculiar: uma meia-maratona entre robôs humanoides e humanos. De acordo com The Guardian, essa disputa entre carne e circuitos aconteceu no sábado em Yizhuang, Pequim, onde 21 robôs se juntaram a milhares de corredores de carne e osso em uma competição inusitada.

O lado decepcionante? Os robôs não venceram—na verdade, nem chegaram perto. Presos em designs humanoides, com movimentos bípedes semelhantes aos nossos, eles enfrentaram uma das tarefas mais difíceis para máquinas: correr. Talvez porque, por enquanto, ainda não sintam medo—ou pressa.

Os robôs variavam em tamanho, do mais baixo (pouco mais de um metro) ao mais alto (quase dois metros), mas todos tiveram que percorrer o trajeto sem truques. Nada de rodas, jatos ou motosserras—coisas que minha mente imediatamente imaginou ao ouvir “corrida de robôs”. Em vez disso, cada um foi acompanhado por assistentes humanos, alguns para evitar quedas, outros apenas para dar manutenção ou trocar baterias—tudo isso, suponho, ao som da trilha do trailer de Marathon ecoando em suas cabeças.

Tanta intervenção humana fez os organizadores compararem o evento a uma corrida de Fórmula 1, com pit stops e ajustes técnicos. “Os robôs estão correndo muito bem, muito estáveis… Sinto que estou testemunhando a evolução da robótica e da IA”, disse He Sishu, espectador que trabalha com inteligência artificial, ao The Guardian.

O campeão foi o Tiangong Ultra, do Beijing Innovation Centre of Human Robotics, completando o percurso em 2h40. Para comparação, o vencedor humano fez 1h02. A diferença é grande, mas, considerando o avanço acelerado da robótica e do aprendizado de máquina, essa lacuna deve diminuir rapidamente. Já vemos cães robóticos aprendendo a andar com sistemas nervosos digitais. Em breve, estaremos curvados, ofegantes, enquanto um desses robôs velozes ziguezagueia ao nosso redor, nos lembrando—com eficiência metálica—da nossa fragilidade.


Este artigo foi inspirado no original disponível em pcgamer.com.

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