As mudanças ocorrem, a essência permanece, e a Nintendo continua a se apoiar em suas propriedades clássicas ao desenvolver novos jogos. Embora diversas empresas tenham lançado novas marcas ao longo dos anos, a Nintendo frequentemente volta às suas raízes em seus lançamentos mais recentes, não vendo necessidade em criar novas franquias. O motivo? Segundo um ex-desenvolvedor, a prioridade é o gameplay, e a “embalagem” é escolhida com base na franquia que melhor se encaixa no projeto.

“Franquias novas não surgem porque realmente não há necessidade de criá-las”, afirmou um ex-desenvolvedor de software da Nintendo. “Quando a Nintendo decide inovar, o foco é primeiramente nas mecânicas de jogo – a criação de uma nova forma de jogar. Quanto ao visual ou à embalagem, não se preocupam muito com isso. Eles apenas selecionam o que melhor se adapta à nova experiência de jogo.”

A Nintendo busca a franquia adequada que complemente as novas mecânicas de jogo que desenvolveu, mas em situações raras, quando isso não é possível, a empresa considera a criação de uma nova propriedade intelectual. Um dos seus lançamentos mais recentes, tecnicamente, é Splatoon, que teve sua estreia em 2015 para o Wii U. Embora a Nintendo tenha tentado trazer personagens familiares para esse jogo de tiro em terceira pessoa, acabou não funcionando, e a decisão foi criar os Inklings para dar continuidade à série e comunicar melhor as ideias do jogo aos jogadores.

Olhando para o restante do ano e início de 2026, todos os jogos de primeira linha da Nintendo estão com base em franquias já estabelecidas. Jogos como Metroid Prime 4: Beyond, Hyrule Warriors: Age of Imprisonment, Kirby Air Riders e Splatoon Raiders estão a caminho, e este ano já viu o lançamento de novos títulos de Mario Kart e Donkey Kong.