Nova Regra de Cancelamento de Assinaturas é Adiada para 2025 em meio a Pressões de Indústrias
Pequena vitória para os consumidores: a FTC criou uma regra para evitar práticas abusivas de cancelamento de assinaturas. No entanto, a implementação foi adiada para julho de 2025, o que pode ser um golpe para as empresas que usam táticas enganosas para aumentar seus lucros.

Se você já ficou preso ao telefone tentando cancelar uma assinatura indesejada ou encerrar um “período de teste gratuito”, temos uma boa notícia: a FTC criou uma nova regra para resolver esse problema. O único porém? Eles estão adiando sua implementação.
A chamada “Regra sobre Assinaturas e Planos de Opção Negativa”, ou simplesmente “Regra de Opção Negativa”, foi aprovada no governo Biden no final do ano passado e tem como objetivo coibir empresas que usam táticas abusivas para dificultar o cancelamento de assinaturas. Isso inclui qualquer prática que torne o processo de cancelamento significativamente mais complicado do que a adesão.
A regra deveria entrar em vigor em 14 de maio, mas, em 9 de maio, a FTC adiou sua implementação para 14 de julho de 2025, após uma votação unânime (3-0). Segundo a agência, a mudança visa “garantir tempo suficiente para que as empresas se adequem às novas exigências” — ou seja, ajustar suas políticas para facilitar o cancelamento, conforme determina a regra.
O adiamento, no entanto, pode estar relacionado a ações judiciais movidas por entidades como a Câmara de Comércio dos EUA, o Interactive Advertising Bureau, a Electronic Security Association e a Internet and Television Association (NCTA), que tentam barrar a nova regulamentação.
Não é surpresa que empresas de TV a cabo e anunciantes não sejam fãs de uma lei que os obrigaria a facilitar a vida do consumidor — especialmente quando isso significa menos lucro para eles.
Ironicamente, a resistência desses grupos só reforça a necessidade da regra. Práticas que dificultam o cancelamento de cobranças recorrentes são, virtualmente, um assalto — principalmente quando as empresas são obscuras ou enganosas sobre os termos da assinatura. Um exemplo clássico? Cobrar automaticamente um ano de serviço porque o cliente não cancelou um “teste grátis” a tempo.
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Este artigo foi inspirado no original disponível em pcgamer.com.