Super Mario Galaxy e sua sequência: O auge das plataformas em 3D ainda fascina!

Super Mario Galaxy e Galaxy 2 chegam remasterizados ao Switch, oferecendo melhorias gráficas, novos modos e mais acessibilidade.
Os jogos da série Super Mario Galaxy são amplamente reconhecidos como verdadeiros tesouros do gênero de plataformas em 3D. A opinião dos fãs pode variar sobre qual dos títulos é superior ou se Odyssey representa o auge da franquia, mas o simples fato de estarem nessa discussão os coloca entre os melhores jogos da Nintendo dos últimos vinte anos. Isso torna ainda mais curioso o desafio constante de se jogar essas aventuras. Originalmente, era possível jogar no Wii ou Wii U, mas a única alternativa recente era através da coletânea Super Mario 3D All-Stars, uma coleção estranhamente limitada e que não incluía Galaxy 2. Portanto, a remasterização de Galaxy e Galaxy 2 para o Switch e Switch 2 é uma grande benesse, pois facilita o acesso a esses clássicos, e algumas melhorias os tornam ainda melhores.
Para quem já possui a versão All-Stars, a remasterização de Galaxy se assemelha bastante ao original, mas a nova versão remasterizada tem uma aparência visivelmente superior. Os gráficos estão mais nítidos e os elementos da interface foram ligeiramente movidos para as bordas, proporcionando uma melhor utilização do espaço na tela. Um novo Modo Assistente torna a experiência mais amigável, oferecendo mais vidas e a possibilidade de voltar para o chão ao cair de uma borda, algo comum nas mecânicas dos jogos Galaxy, que se passam em pequenos planetas. Os menus também foram em sua maioria aprimorados para permitir a seleção por botões, eliminando a necessidade de usar o cursor na tela para iniciar etapas ou responder a diálogos.
A funcionalidade do cursor permanece para coletar os fragmentos de estrelas, aquelas pequenas peças coloridas que substituem as moedas, que são raras neste jogo. Será necessário movimentar o cursor para recolher os fragmentos ou contar com a ajuda de um segundo jogador, e essa mecânica tem se mostrado a mais problemático nas experiências do Galaxy. Seria desejável que houvesse uma opção de coleta automática, mesmo que isso significasse não conseguir reunir todos os fragmentos que aparecem, apenas para evitar a complicação do uso do cursor.
Os Joy-Cons funcionam de maneira similar ao Wii Remote, enquanto o controlador Pro permite recentralizar o cursor ao pressionar o botão R e utiliza controles de movimento, mesmo que não esteja apontando diretamente para a tela. No modo portátil, a funcionalidade de toque ajuda a gerenciar o cursor. Os Joy-Cons são a melhor opção, como era de se esperar, mas todas as opções funcionam razoavelmente bem. Além disso, é possível pressionar um botão para realizar a manobra de giro, que estava originalmente mapeada para um movimento rápido de pulso.
Esses toques sutis são discretos — afinal, trata-se de remasterizações, não de remakes — mas, somados, fazem com que os jogos ganhem brilho. Galaxy e Galaxy 2 são ambos jogos excepcionais, explorando uma variedade de ideias de forma ágil. O conceito central de gameplay, com Mario viajando por pequenos planetas com gravidade própria, faz com que a plataforma em Mario seja como esboços improvisados. O design das fases apresenta ideias de forma tão rápida que você nunca se dedica a uma única atividade por muito tempo. Uma hora, você pode estar descobrindo como cavar através de um planeta para chegar a uma plataforma oposta, e na seguinte, está flutuando de um nó estelar a outro, saltando nas paredes ou enfrentando um dragão espacial. Há uma inventividade rápida e vibrante que não encontramos em outros jogos de Mario em 3D, antes ou depois.
No entanto, essa abordagem traz uma perspectiva que pode ser um pouco complicada. Ao contrário da visão lateral típica das clássicas aventuras 2D ou mesmo da terceira pessoa em Mario 64, Sunshine ou Odyssey, os dois jogos Galaxy — especialmente o primeiro — frequentemente mostram Mario de cima ou em um leve ângulo. Isso pode ocasionar confusão ocasional, quando você acaba se movendo na direção errada. Embora isso não ocorra com tanta frequência, confere uma sensação de diferença em relação aos outros jogos da franquia. Galaxy 2 ameniza esse desafio ao concentrar-se mais em estruturas planetárias maiores. Embora os planetas ainda sejam distintos, há um design de fases mais tradicional e menos planetas minúsculos no segundo jogo.
Galaxy 2 frequentemente se apresenta como uma versão refinada e aprimorada do conceito inicial. Enquanto o primeiro jogo investiu bastante na introdução de Rosalina e sua narrativa, em torno do seu Observatório Cometa, o Galaxy 2 é mais focado e direto. A estrutura do mapa é mais simplificada, e a nave que serve de ponto de partida é menos extensa. Parece que a Nintendo decidiu concentrar todos os seus recursos no design dos níveis, tornando-o o mais forte dos dois em vários aspectos, mesmo que sua história possa não ter a mesma profundidade do primeiro. Além disso, os power-ups são melhores — o Cloud Mario, que permite criar uma quantidade limitada de plataformas temporárias, é um conceito marcante e é uma pena que não tenha sido mais explorado. Entretanto, isso faz com que o uso do cursor seja ainda mais essencial, não apenas para coletar fragmentos, mas também para a jogabilidade fundamental, como pegar inimigos e objetos com a língua do Yoshi. Para aqueles que desejam relaxar e não se preocupar com o cursor, essa não será uma opção em várias partes do Galaxy 2.
Os jogos Super Mario Galaxy foram aclamados como alguns dos melhores da franquia Mario. Juntos, eles se complementam de maneira intrigante. Super Mario Galaxy traz uma reinvenção rápida, cheia de novas ideias que introduzem personagens como Rosalina e os Lumas, enquanto Galaxy 2 se destaca como uma refinada experiência que expande suas próprias concepções. Juntos, eles representam uma parte significativa da história de Mario e se firmam como algumas das melhores experiências que a série tem a oferecer.