Tom Rothman, presidente de cinema da Sony Pictures Entertainment, entrou com uma ação judicial nesta terça-feira contra o presidente Trump e outros integrantes do governo, após ser removido do conselho da Corporação de Radiodifusão Pública (CPB). Rothman e outros dois membros do conselho, Laura Ross e Diane Kaplan, foram informados por e-mail na segunda-feira que seus cargos estavam “encerrados imediatamente”. A CPB e os três conselheiros processaram o governo alegando que o presidente não tem autoridade para demiti-los. A organização é responsável por distribuir verbas públicas para mais de 1.500 emissoras de rádio e TV nos EUA.
No processo, os autores argumentam que o Congresso criou a CPB como uma entidade independente e sem fins lucrativos justamente para evitar interferências políticas. “A lei não concede ao presidente qualquer poder para remover um membro do conselho, com ou sem justificativa”, afirma a ação judicial. Rothman foi nomeado para o cargo pelo presidente Biden em 2021 e confirmado pelo Senado em 2022. Kaplan, ex-CEO da Alaska Public Radio, também foi indicada por Biden em 2022. Já Ross havia sido originalmente nomeada por Trump em 2018 e reconduzida por Biden.
Os demandantes pedem uma liminar para suspender as demissões e impedir que o governo Trump assuma o controle da CPB. Além disso, solicitaram à corte distrital de Washington que declare as exonerações sem efeito legal. Criada pelo Congresso em 1967, a CPB tem mandatos de seis anos para seus conselheiros. O quadro completo deveria ter nove membros, mas atualmente há quatro vagas em aberto.
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Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com